terça-feira, dezembro 01, 2015

Papa encerra viagem à África com grande missa em Bangui

Papa Francisco já dentro de avião que o levará de volta a Roma (Foto: Daniel Dal Zennaro / Reuters)O papa Francisco celebrou nesta segunda-feira (30) uma grande missa no estádio de Bangui, capital da República Centro-Africana, para encerrar sua primeira visita à África, uma cerimônia na qual pediu
que os cidadãos do país se perdoem mutuamente e trabalhem juntos pela paz.
O pontífice, que nos seis últimos dias também visitou Quênia e Uganda, voltou a se encontrar com uma grande multidão de fiéis na cerimônia realizada no complexo de Barthélémy Boganda.

Papa Francisco chega a estádio em Bangui em papamóvel cercado por seguranças (Foto: Stefano Rellandini / Reuters)Papa Francisco chega a estádio em Bangui em papamóvel cercado por seguranças (Foto: Stefano Rellandini / Reuters)

A última missa celebrada pelo papa antes de partir de volta ao Vaticano foi recheada, como nas outras realizadas na viagem africana, de danças e cânticos dos fiéis. O papa reiterou a mensagem central de sua visita à África: "dialogar com quem é diferente".
"É preciso perdoar quem nos prejudicou, nos comprometer a construir uma sociedade mais justa e fraterna, na qual ninguém se sinta abandonado", afirmou o papa Francisco.
"Vocês, queridos centro-africanos, devem olhar, sobretudo, ao futuro e, apoiando-se no caminho já percorrido, decidir com determinação a inaugurar uma nova etapa na história cristã do seu país, rumo a novos horizontes", acrescentou o pontífice.

Papa Francisco durante missa em Bangui (Foto: Stefano Rellandini / Reuters)Papa Francisco durante missa em Bangui (Foto: Stefano Rellandini / Reuters)

Francisco chegou por volta das 9h15 locais (6h15 em Brasília) a um estádio lotado com 30 mil pessoas, usando um papamóvel aberto e mais rudimentar do que em outras ocasiões, mas protegido por um grande número de guarda-costas e seguranças.
Curiosamente, o último grande ato realizado no local foi um comício do ex-presidente François Bozizé dias antes do golpe de Estado dos rebeldes Séléka, do norte muçulmano, em março de 2013.
A ascensão dos insurgentes provocou uma espiral de violência contra as comunidades e milícias civis cristãs, religião majoritária no país.
O papa foi recebido pela presidente do governo de transição, Catherine Samba-Panza, na tribuna de autoridades. Ao contrário do que ocorreu no Quênia e em Uganda, não houve "selfies". Os centro-africanos, que estão entre os mais pobres do continente, se conformaram em agitar bandeiras e aplaudir Francisco.
A primeira viagem do papa à África teve seis dias de fervor católico e mensagens focadas na paz e no respeito ao meio ambiente.

Fonte: G1

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