quarta-feira, outubro 01, 2014

Paciente com ebola disse em hospital que vinha da Libéria, mas foi liberado

 http://cidadenewsitau.blogspot.com.br/A agência Associated Press identificou o primeiro paciente diagnosticado com ebola nos Estados Unidos. O liberiano Thomas
Eric Duncan foi a um pronto-socorro em Dallas na sexta-feira (26) e disse que vinha da África, mas a informação não foi passada adiante pela equipe que o atendeu, de modo que ele foi mandado de volta para casa com antibióticos, segundo sua irmã.
Duncan está isolado desde domingo, depois que sua situação piorou. Ele está nos EUA pela primeira vez, para visitar a família. Cinco crianças tiveram contato com o paciente, de acordo com o governador do Texas, Rick Perry.
Até esta quarta (1º), nenhuma das crianças apresentou sintomas de qualquer problema de saúde. Fontes oficiais da área de saúde de Dallas dizem estar monitorando entre 12 e 18 pessoas que estiveram em contato com o paciente.
Reportagem do "New York Times" feita na Libéria afirma que Duncan pode ter se infectado quando ajudou a carregar a filha doente do dono do local onde vive em Monróvia.
Nesta quarta chegou a ser divulgada a informação de que um segundo paciente com ebola estaria sendo monitorado em Dallas, mas autoridades locais desmentiram que houvesse outro caso confirmado.
Mais cedo, uma porta-voz do Hospital Texas Health Presbyterian, em Dallas, no Texas, onde Duncan está sendo tratado, afirmou que ele está em estado grave. Ainda segundo um funcionário do hospital, há pouco risco de que funcionários tenham se infectado com o vírus na primeira visita do paciente à instituição.
Os três profissionais da equipe da ambulância que transportou Duncan não foram infectados pelo vírus. Eles foram testados para a presença do vírus e o resultado foi negativo, de acordo com a prefeitura de Dallas. A equipe tinha sido posta em quarentena. Com o teste negativo, eles foram liberados para voltar para casa e serão monitorados pelos próximos 21 dias, de acordo com a prefeitura.
Vindo da Libéria
Tom Frieden, diretor dos CDC, explicou em uma coletiva de imprensa nesta terça-feira (31) que o paciente viajou da Libéria para os EUA no dia 19 de setembro e não apresentava sintomas.  Ele começou a apresentar sinais da doença quatro ou cinco dias depois. No dia 26, procurou ajuda médica e no dia 28 (domingo) foi isolado no hospital no Texas.
O governo da Libéria enfatizou, nesta quarta-feira, que o paciente não tinha sinais de ebola quando deixou o país. O ministro da Informação, Lewis Brown, disse que o país implementou medidas de triagem rigorosas que estão evitando que o ebola se espalhe por viagens aéreas.
"O que esse incidente demonstra é a clara dimensão internacional da crise de ebola. Por meses, o governo da Libéria vem enfatizando que essa doença não é um problema simplesmente da Libéria ou da África Ocidental", disse Brown.
Segundo Frieden, o próximos passo, além de dar a melhor assistência possível ao doente, é identificar as pessoas que tiveram contato com ele quando estava transmitindo a doença. “Assim que essas pessoas forem identificadas serão monitoradas por 21 dias”, disse o diretor.
Ele acrescentou que "algumas pessoas" podem ter sido expostas ao paciente, principalmente membros da família. "É certamente possível que alguém que tenha tido contato com esse indivíduo possa desenvolver ebola nas próximas semanas", afirmou, durante a coletiva.
Frieden tranquilizou a população quanto ao risco de infecção dos passageiros que voieram da África no mesmo voo que o paciente americano. "Em relação ao voo, o ebola não se espalha quando a pessoa não está doente (apresentando sintomas). Não acreditamos que há risco para as pessoas que estavam no avião."
"Não tenho duvidas de que controlaremos essa importação de ebola para que não se espalhe", completou.
Os americanos discutem atualmente a possibilidade de usar drogas experimentais ou transufsão de plasma sanguíneo de um paciente que se curou do ebola para tratar o paciente diagnosticado com a doença no Texas. De acordo com a Casa Branca, o presidente Barack Obama já foi informado sobre os detalhes do caso por Tom Frieden, dos CDC.
Outros americanos infectados
Desde que começou a epidemia de ebola na África Ocidental, os Estados Unidos já tinham recebido outros americanos infectados pela doença. Porém, nesses casos, eles já chegaram ao país com o diagnóstico da infecção, com uma estrutura de isolamento já preparada para recebê-los.
Foi o caso do médicos missionários Kent Brantly e Rick Sacra, além da trabalhadora voluntária Nancy Writebol. Infectados na Libéria, os três foram tratados nos Estados Unidos e tiveram alta recentemente.
O Instituto Nacional de Saúde americano (NIH) reportou ainda ter recebido outro médico americano que foi exposto ao vírus enquanto trabalhava em Serra Leoa de maneira voluntária.
Mais de 3 mil mortos na África
O balanço mais recente divulgado pela Organização Mundial da Saúde (OMS) calculou que 3.091 pessoas já morreram de ebola desde o início da epidemia, em março, em cinco países da África Ocidental. Ao todo, 6.574 pessoas foram infectadas nessa região.
Só a Libéria já registrou 1.830 mortes, quase três vezes mais do que Guiné e Serra Leoa, os outros dois países mais afetados pela doença, de acordo com as informações da OMS.
A Nigéria e o Senegal, as duas outras nações que tiveram casos confirmados de ebola na região, não tiveram o registro de novos casos ou mortes.

Fonte: G1

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