terça-feira, julho 08, 2014

Torcedores fazem promessas pela conquista do hexa

Torcedores fazem rituais para ajudar a seleção brasileira durante jogo contra a AlemanhaO Brasil ergueu pela última vez a taça da Copa do Mundo há doze anos. Foi também no Mundial de 2002, quando alcançou o pentacampeonato, que a seleção
brasileira chegou pela última vez a uma semifinal do torneio, jejum quebrado no último sábado, 5, em Fortaleza. Contudo, o mesmo jogo que deu a alegria da classificação gerou preocupação devido a não participação de dois dos jogadores titulares e destaques da seleção no jogo contra a Alemanha, fazendo com que os brasileiros se apeguem ainda mais a promessas e rituais em prol da conquista do hexa.
O publicitário Weslley Misael conta que quando o Brasil foi pentacampeão ele tinha apenas sete anos e não entendia a real importância do Mundial, sendo esta Copa de 2014 a primeira em que participa de fato da corrente de boas vibrações e loucuras pelo título.
"Prometi que não iria tirar a camisa do Brasil durante toda a Copa. Passei todo esse tempo com ela direto, tirei só para lavar ontem. Visto a camisa pela manhã e retiro à noite, para dormir. Venho até para o trabalho com ela", disse.
Já a dona de casa Rafaela Oliveira faz com a filha ritual semelhante ao do publicitário: a dupla de torcedoras veste a mesma roupa em todos os jogos do Brasil. "Nós usamos sempre a mesma roupa desde o primeiro jogo do Brasil nesta Copa. Da sandália ao prendedor de cabelo, tudo igual, e até agora tem dado sorte, mesmo que tenhamos passado por alguns sufocos, até agora continuamos firmes na disputa. Por isso vamos seguir mandando nossos desejos de sucesso à seleção", diz.
Esta Copa do Mundo tem chamado a atenção o número de sessões dos jogadores com a psicóloga da seleção brasileira, Regina Brandão, além dos pedidos de apoio à torcida, feitos pelo técnico Luiz Felipe Scolari e pelos atletas. De acordo com o psicólogo Alcedir Gabriel, a disputa pelo título de melhor do mundo gera uma cobrança muito grande sobre os jogadores, que se sentem obrigados a cumprir com as expectativas. Contudo, os efeitos emocionais causados pelo futebol não se resumem a quem entra em campo, se estende também à torcida.
"No jogo entre Brasil e Chile, eu e minha família acendemos até vela para a seleção ganhar. Quando acabou a disputa de pênaltis já estávamos todos chorando de tanta emoção, somos apaixonados por futebol", disse Weslley Misael.

Bolões se espalham pelo país e ampliam interesse das torcidas

Tradicional entre os brasileiros, nesta Copa os bolões tomaram conta dos debates nos mais diferentes ambientes, desde o ônibus até dentro de casa e no ambiente de trabalho, fazendo com que a torcida pela seleção vá além do amor pelo esporte, reflita um desejo de vantagem econômica.
"Nos dias de jogos, desde os considerados mais sem significância, como Argélia x Rússia, nós ficávamos todos ligados na televisão, atentos a cada passe, tudo para que os resultados ficassem o mais próximo daquele que registramos no bolão", disse a estudante Mariana Rocha.
Aproveitando a mania dos bolões, diversos portais de notícias e sites ligados ao esporte lançaram seu "bolões on-line", exibindo rankings por grupo e nacionais, chamando a atenção do país inteiro quando algumas vezes, nesta que já está sendo apelidada de "Copa das zebras", menos de 30 torcedores acertaram o palpite quanto ao resultado dos jogos, deixando até os torcedores mais experiente para trás.

Reprodução Cidade News Itaú via O Mossoroense

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