terça-feira, julho 08, 2014

Polícia Civil busca 11 suspeitos de assalto na Samsung em Campinas

Movimentação dentro da fábrica da Samsung na noite do assalto (Foto: Reprodução/ EPTV)A Polícia Civil busca, com a ajuda de imagens de circuito interno de segurança, pelo menos 11 suspeitos do mega-assalto à fábrica da Samsung em Campinas (SP) na
madrugada de segunda-feira (7). O material em vídeo será comparado com arquivo de criminosos do estado e mostrado a funcionários e seguranças terceirizados que prestam serviço à multinacional sul-coreana de produtos eletrônicos e que foram feitos reféns. A comparação ocorreria nesta terça-feira (8), mas os responsáveis pelas investigação decidiram colocar todos os policiais do caso na rua para diligências.
O delegado Luís Segantin, do Departamento de Polícia Judiciária do Interior (Deinter-2), disse que o número de suspeitos que participaram do roubo não deve ser muito superior aos 11 revelados nas gravações.
Consulado
Por volta das 11h, representantes do consulado da Coreia do Sul chegaram à Delegacia de Investigações Gerais (DIG) com dois assessores, um deles tradutor. Segundo a Polícia Civil, eles queriam saber sobre as investigações. "A investigação está evoluindo e nós acreditados  de forma satisfatória. Estamos trabalhando em várias frentes", disse o delegado titular da DIG, Carlos Henrique Fernandes.

Mega-assalto em Campinas (Foto: Arte / G1)
Roubo durou 3h
O assalto durou aproximadamente 4 horas e, a princípio, acreditava-se que pelo menos 20 homens tivessem participado da ação.Eles usaram revólveres, pistolas e faziam menção à presença de outras armas, como fuzis escondidos no carro do grupo.
Imagens enviadas para a EPTV mostram o movimento dos criminosos, que roubaram tablets, celulares e notebooks da empresa.
O grupo invadiu a fábrica, que fica às margens da Rodovia Dom Pedro I, no Parque Imperador, e levou equipamentos portáteis estimados pela polícia em cerca de R$ 80 milhões. A Samsung contesta o valor e diz que o montante está fixado em R$ 14 milhões.
Destino da carga
A polícia acredita que a carga tivesse um destino certo, provavelmente no mercado informal. Uma das prioridades da equipe de investigação é recuperar o material, que o delegado não soube informar se estava completamente coberto por um eventual seguro da multinacional.
"Nós acreditamos que os destinatários desses objetos possuem um mercado fácil e corrente, na informalidade", analisou Fernandes.
O roubo
Pelas imagens do sistema de segurança, é possível ver um caminhão circulando dentro da fábrica em Campinas. Em outro trecho, há uma movimentação dentro da empresa, de homens andando pelo local com celulares e rádios. Não é possível saber se eles estão armados.
De acordo com a polícia, a quadrilha chegou à Samsung por volta da 0h de segunda-feira. Funcionários do setor de distribuição ficaram sob poder do bando. O grupo deixou o local por volta das 3h. As imagens mostram também caixas sendo retiradas e colocadas em um caminhão.
Segundo a polícia, funcionários da empresa que estavam em uma van foram rendidos em uma estrada. Eles foram levados até a fábrica e guiados pelos criminosos, para autorizar a entrada dos criminosos.
Ao entrar na Samsung, a quadrilha rendeu inicialmente os seguranças do setor de distribuição e, em seguida, os vigias da portaria. "Retiraram os armamentos deles e as munições, e deixaram eles trabalhando normalmente, nos mesmos postos, como se nada tivesse acontecido", disse o tenente da Polícia Militar Vitor Chaves.
O que diz a multinacional
Por meio de nota, a multinacional sul-coreana lamentou o ocorrido e disse que a polícia está investigando o incidente e que tem cooperado com as autoridades. Além disso, a empresa informou que a carga roubada da fábrica está avaliada em aproximadamente R$ 14 milhões e que, na ação, 50 funcionários foram feitos reféns.

A fábrica da Samsung em Campinas (SP) foi assaltada na madrugada segunda-feira (7). Criminosos renderam vigilantes e funcionários e levaram aproximadamente 40 mil peças, entre tablets, celulares e notebooks, e a carga é avaliada em R$ 80 milhões (Foto: Denny Cesare/Código19/Estadão Conteúdo)

Reprodução Cidade News Itaú via G1

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