terça-feira, julho 08, 2014

Existe visão neonazista em relação a mortes de ex-presidiários, diz cientista

 http://cidadenewsitau.blogspot.com.br/A Secretaria de Defesa Social de Pernambuco (SDS-PE) registrou um aumento no número de assassinatos de ex-presidiários em Caruaru e
região. Os casos informados aconteceram Área Integrada de Segurança (AIS) 14, que compreende este e outros 14 municípios do Agreste. Nos cinco primeiros meses de 2013, 13 ex-detentos foram mortos e, no mesmo período de 2014, foram 16.

Para a cientista política Ana Maria Barros, quando um detento sai da cadeia e é assassinado, há quem entenda isso como uma espécie de Justiça, o que não ajuda a mudar o problema. "Esse extermínio das pessoas que saem do sistema penitenciário reflete, por exemplo, uma visão neonazista que a população vem desenvolvendo e começa a compreender que a solução para reduzir a mortalidade é matar os bandidos. Quando, na verdade, o assassinato dessas pessoas reflete a falência do sistema de Justiça e do sistema penitenciário, que - ao não possuir um programa de ressocialização que de fato reintegre essas pessoas na sociedade - faz com que elas voltem para o crime", analisa.
Segurança e ressocialização
As autoridades reponsáveis por investigar e combater os homicídios dizem que essas mortes apresentam circustâncias que dificultam a ação preventiva. "O estado tem realizado políticas no que diz respeito ao acompanhamento desses presos que, recebendo benefícios da Justiça, passam a ser acompanhados. E esse acompanhamento muitas vezes evita outras mortes. Contudo, nós podemos garantir que é impossível evitar algumas porque são os próprios presos que procuram se envolver novamente no mundo do crime e voltam a traficar, a matar, a roubar e terminam por ser executados. Seja por uma vingança, por acerto de contas ou então em um confronto com a polícia", explica o delegado Nehemias Falcão.
O coronel Marcos Campos, comandante do 4ª Batalhão da Polícia Militar, afirma que uma alternativa seria a maior adesão aos programas que acompanham quem sai do sistema prisional e tenta ingressar no mercado de trabalho. "Temos um programa chamado Patronato, em que uma equipe multidisciplinar da Secretaria de Defesa Social acompanha os regressos do sistema prisional para tentar reinserí-los no mercado de trabalho".

Reprodução Cidade News Itaú via G1

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