terça-feira, julho 08, 2014

Polícia do RJ pedirá prisão preventiva de CEO da Match Services

Ray Whelan chega na 18ª DP, na Praça da Bandeira, Zona Norte do Rio (Foto: Marcos de Paula/Estadão Conteúdo)A Polícia Civil vai pedir à Justiça do Rio a prisão preventiva de 12 envolvidos no esquema internacional de venda ilegal de ingressos da Copa do Mundo, entre eles, o CEO
da Match Services, Raymond Whelan, solto na madrugada desta terça-feira (8) graças a um habeas corpus concedido pelo Tribunal de Justiça do Rio (TJ-RJ). Ele havia sido preso na segunda-feira (7) no Hotel Copacabana Palace, na Zona Sul, suspeito de fornecer ingressos para partidas do Mundial à quadrilha. A Match Services detém direitos exclusivos sobre a venda de ingressos da Fifa.
Além de revogar a prisão provisória, a decisão da desembargadora Marilia Castro Neves Vieira determinou o pagamento da fiança no valor de R$ 5 mil e o comparecimento quinzenal no cartório e a entrega do passaporte de Whelan.
“Havendo já a autoridade policial apreendido celulares, computador pessoal, ingressos e documentos que estavam em poder do acusado, não vislumbro a necessidade da manutenção da medida restritiva, razão pela qual a revogo liminarmente”, concluiu a decisão da desembargadora.
Além de revogar a prisão provisória, a decisão da desembargadora Marilia Castro Neves Vieira determinou o pagamento da fiança no valor de R$ 5 mil e o comparecimento quinzenal no cartório e a entrega do passaporte de Whelan.
“Havendo já a autoridade policial apreendido celulares, computador pessoal, ingressos e documentos que estavam em poder do acusado, não vislumbro a necessidade da manutenção da medida restritiva, razão pela qual a revogo liminarmente”, concluiu a decisão da desembargadora.
De acordo com o delegado Fábio Barucke, da 18ª DP (Praça da Bandeira), o inquérito que apura o caso será concluído nesta terça e enviado ao Ministério Publico do Rio (MP-RJ). O objetivo da prisão preventiva é impedir a fuga dos envolvidos e garantir que não haja interferências nas investigações.
"Os indícios são fortes, portanto, vou colocar meus argumentos no procedimento que será encaminhado para a Justiça", afirmou Barucke.
A respeito da alegação da defesa Whelan de que o Estatuto do Torcedor não prevê crimes como lavagem de dinheiro, o delegado Fábio Barucke explicou que nesse estatuto consta apenas o crime de cambismo. "No Estatuto do Torcedor, é o crime de facilitar a distribuição de ingresso para cambista. Lavagem de dinheiro e associação criminosa é outra lei, que acabam sendo combinadas em razão do fato", explicou.

Solto durante a madrugada
O excetutivo inglês foi preso na tarde de terça no Hotel Copacabana Palace.  Com ele, a polícia encontrou mais de 80 ingressos para os jogos. A prisão temporária de cinco dias, expedida pelo Juizado Especial do Torcedor, fazia parte da operação "Jules Rimet", que já havia prendido 11 pessoas, incluindo o argelino Mohamed Lamíne Fofana.
No entanto, a defesa de Whelan fez pedido de habeas corpus por volta das 22h30, e o executivo deixou a delegacia por volta das 4h40. A expectativa da Polícia Civil era que Whelan ficasse toda a madrugada na delegacia e, na manhã desta terça, fosse transferido para o Complexo Penitenciário de Gericinó, em Bangu, na Zona Oeste, o que não aconteceu.
Segundo relatório da desembargadora Marília de Castro Neves Vieira, que concedeu o habeas corpus, a prisão deve obedecer o princípio da proporcionalidade o que, segundo o documento, não aconteceu. "Ora havendo já a autoridade policial apreendido celulares, computador pessoal, ingressos e documentos que estavam em poder do acusado, não vislumbro a necessidade da manutenção da medida restritiva, razão pela qual a revogo liminarmente", diz o habeas corpus.
De acordo com o delegado Fábio Barucke, que comanda a investigação, Raymond, também conhecido como Ray, era um "facilitador" para a quadrilha ter acesso a ingressos e teria sido flagrado em escutas telefônicas negociando ingressos com Fofana. Segundo a polícia, foram mais de 900 ligações.

Reprodução Cidade News Itaú via G1

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