quinta-feira, abril 11, 2013

Vazamentos obrigam usina de Fukushima a ampliar armazenamento


A Tokyo Electric Power, empresa que opera a usina nuclear japonesa devastada por um tsunami há dois anos, está construindo às pressas mais tanques para armazenar água radiativa com segurança, após vazamentos em poços improvisados.
Os funcionários da usina Fukushima Daiichi preencheram até agora mais de 80 por cento do espaço disponível para armazenagem subterrânea, equivalente a 325 toneladas.

Vazamentos no atual sistema de transferência e armazenamento da água aumentaram a urgência em ampliar essa capacidade. Na quinta-feira, a empresa, conhecida como Tepco, disse que canos usados para tirar água radiativa de um poço com vazamento estouraram, no quarto vazamento em menos de uma semana.

"Informaram-nos de que é uma situação de emergência, e precisamos acelerar a construção dos tanques de água da forma como pudermos", disse um funcionário da usina, pedindo anonimato.

"Há muitos consertos improvisados. Estão andando na corda-bamba de uma gambiarra para outra", disse ele no local.

Na quarta-feira, o presidente da Tepco, Naomi Hirose, disse que até o começo de junho a empresa elétrica vai transferir para tanques reforçados toda a água contaminada que está em poços improvisados.

Atualmente, a empresa possui 933 tanques de aço reforçado, com capacidade de 1.100 toneladas. De um total de sete poços revestidos de cobertura plástica, cinco ainda contêm água tóxica.

O desastre de Fukushima, em março de 2011, foi o pior acidente nuclear no mundo nos últimos 25 anos. Ele ocorreu depois que um tsunami, causado por um terremoto de magnitude 9,0, destruiu o abastecimento energético e o resfriamento da usina, causando o derretimento de três reatores.

Problemas recentes, incluindo dois apagões, alimentam as preocupações sobre a estabilidade de Fukushima, e põem em dúvida a capacidade da Tepco para desmontar a usina.

O temor com a radiação também pode prejudicar as chances de que Tóquio seja escolhida como sede da Olimpíada de 2020.

Reprodução Cidade News Itaú

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