Interlocutores do presidente Lula não escondem contrariedade com o fato de Arthur Lira (PP-AL) ter pautado, na chamada "supersemana", a reforma tributária antes do projeto que altera regras Conselho de Administração de Recursos Fiscais (Carf) e da proposta do novo marco fiscal.
Na avaliação de integrantes do Palácio do Planalto, Arthur Lira montou uma espécie de "cama de gato", que pode inviabilizar o cronograma de governo de votar nesta semana o projeto que favorece o governo em julgamentos do Carf, e o novo marco fiscal.
O Planalto esperava que essas duas matérias fossem a prioridade. Auxiliares de Lula avaliam que a reforma tributária poderia ficar para depois do recesso, em agosto.
Ao priorizar a PEC que altera regras de cobrança de impostos no país, Lira acabou deixando de lado a articulação para os outros dois projetos, mais urgentes para o governo.
No início da semana, Lira chegou a chamar os ministros Rui Costa (Casa Civil) e Alexandre Padilha (Relações Institucionais) para cobrar pendências de cargos e emendas, apresentando uma lista de demandas.
Há o reconhecimento, até mesmo no PT, de que boa parte do acordo feito com Lira ainda não foi efetivamente cumprido.
Mesmo assim, a ordem é não cobrar publicamente o presidente da Câmara, para evitar um desgaste ainda maior na relação, atrapalhando votações do governo.
No PT, há o entendimento de que é preciso atender às demandas de Lira e os compromissos assumidos pelo presidente da Câmara com os parlamentares do Centrão.
Fonte: Blog do Camarotti
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