Fabiana Coelho de Souza, suspeita de extorquir dinheiro do goleiro Éverson, do Atlético-MG, confessou o crime durante depoimento à polícia. A informação foi divulgada nesta quinta-feira (6) em coletiva de imprensa da Polícia Civil de Minas Gerais (PCMG).
Até esta quarta-feira (5), a mulher de 40 anos negava, veementemente, ter pedido qualquer quantia ao jogador.
"Houve certas ameaças e a exigência de valores através de aplicativos de conversa e perfis de redes sociais. [...] Tudo está na oitiva, assinada pelo advogado dela, que a acompanhou", afirmou o delegado Rodrigo Bustamante, chefe do Departamento Estadual de Operações Especiais (Deoesp) da Polícia Civil.
Ainda de acordo com a Polícia Civil, há prints de conversas por app de mensagens que mostram "certas ameaças e a exigência de valores" para que o relacionamento não fosse tornado público. Tanto o número pessoal de Fabiana quanto o do filho dela teriam sido utilizados para as chantagens.
Segundo a instituição, o jogador assumiu em depoimento após denúncia, em 28 de junho, que uma pessoa com quem mantinha uma relação extraconjugal há cerca de dois anos estava o extorquindo.
As investigações ainda continuam e, segundo a polícia, outras pessoas serão ouvidas. A pena para o crime de extorsão é de 4 a 10 anos de reclusão e multa.
Procurada pelo g1, a assessoria do goleiro disse que ele não vai se manifestar sobre o assunto.
Éverson atua no Clube Atlético Mineiro desde 2020 e esteve presente em importantes conquistas do clube, como o Campeonato Brasileiro e a Copa do Brasil de 2021. Participou, também, de jogos da Seleção Brasileira em 2021, nas Eliminatórias da Copa do Mundo de 2022.
Defesa nega confissão
Em nota enviada ao g1, a defesa de Fabiana Coelho afirmou que não houve confissão do crime por parte da mulher.
"Em relação à suposta confissão da prática de extorsão, refutamos veementemente tais alegações e manifestamos que as palavras de Fabiana foram interpretadas de forma distorcida", informou o documento.
Mandado de busca e apreensão
Um mandado de busca e apreensão foi cumprido na casa de Fabiana no último dia 30, em que cerca de dez itens foram recolhidos para perícia – entre eletrônicos e camisas dadas por Éverson.
Na entrevista concedida nessa quarta-feira (5), Fabiana disse não ter sido uma abordagem pacífica, que os policiais estariam cumprido ordens expressas de Éverson para recolhimento de certos objetos e até mesmo ameaçado vizinhos que estariam gravando a ação. A PCMG nega todas essas acusações.
"Dentro da ordem judicial determinada, os policiais entraram na residência de uma forma bem tranquila. Foi fornecido o aparelho celular e os mesmos foram apreendidos e trazidos para a unidade. Mais nada, não houve nenhum tipo de conluio. A polícia age de forma imparcial", afirmou o delegado Felipe Fares, chefe da divisão operacional do Deoesp.
Ainda de acordo com a polícia, o mandado de busca e apreensão foi emitido pela Justiça em 29 de junho com um prazo de 24 horas para que as informações sobre o cumprimento fossem enviadas ao judiciário.
Tatuagem, encontros e canção de amor
A fotógrafa, de 40 anos, é investigada pela Polícia Civil de Minas Gerais (PCMG) por suspeita de extorquir dinheiro do jogador. No entanto, ela nega ter cometido crimes e afirma que os dois têm um caso desde 2021.
Em entrevista coletiva nesta quarta-feira (5), Fabiana e os advogados apresentaram algumas "evidências" que, segundo eles, poderiam constatar a relação amorosa entre a mulher e o goleiro.
Segundo Fabiana, eles saíram juntos pela primeira vez em 22 de junho de 2021. A fotógrafa fez uma tatuagem da data no braço. Na época, o jogador era casado com outra mulher.
Fonte: g1
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