quinta-feira, abril 05, 2018

O Guarani voltou! Com casa cheia, Bugre bate o XV e conquista acesso à elite paulista

Ecoou em Campinas um grito preso. Preso, não: entalado. Entalado também não define: melhor trancafiado! Foram cinco anos longe da elite, em campos ruins, em horários alternativos, enfrentando dificuldades que não condiziam com o tamanho de quem tem histórias para contar. Pois os mais de 15 mil que estiveram no Brinco de Ouro, e os milhares mais que viram ao vivo no GloboEsporte.com, têm outra história para dividir: o Guarani está de volta à primeira divisão do Campeonato Paulista.


HERÓI IMPROVÁVEL
Em meio aos elogios para o quarteto ofensivo, coube a Ricardinho o posto de herói desta quarta-feira. O volante, que nunca tinha balançado as redes com a camisa alviverde, apareceu de surpresa entre os zagueiros do XV para vencer Samuel Pires, logo no início do segundo tempo. O placar de 1 a 0 em Campinas, somado ao 0 a 0 de Piracicaba, dão o acesso e a vaga na final da Série A2 ao Guarani.

NHÔ QUIM VALENTE
Uma pena que o esporte premie sempre um time apenas. Se a campanha na primeira fase foi de altos e baixos, o XV fez duas semifinais elogiáveis. Jogou até melhor que o adversário em boa parte dos 180 minutos. No saldo final, pesou ao time de Evaristo Piza a dificuldade de fazer gols. Assim, o time desperdiça a chance mais clara de subir desde que foi rebaixado, em 2016. O restante da temporada reserva apenas a participação na Copa Paulista, no segundo semestre.

A GRANDE FINAL
Com a vitória desta noite, o Guarani garante o direito de decidir o título da Série A2 contra o Oeste, em partida que deve acontecer no sábado, em Campinas (pelo fato de a melhor campanha ser do Bugre). A Federação Paulista de Futebol (FPF) vai confirmar nesta quinta a data certa e o horário da final, que será em partida única. O campeão garante uma vaga na Copa do Brasil em 2019.

FESTA BONITA
O Guarani cravou o recorde de público da Série A2, com a presença de 15.816 pagantes no Brinco de Ouro. A festa começou bem antes, principalmente quando o ônibus alviverde chegou ao estádio. A comoção era tanta que os jogadores desceram do veículo no meio da torcida e rumaram a pé para o vestiário. Ao fim da partida, a festa aconteceu dentro do Brinco, com êxtase dos bugrinos, e na rua principal, com fogos e bandeirões.

O LADO COVARDE
Se o ônibus do XV foi escoltado pela Polícia Militar sem problemas até o estádio, a torcida alvinegra não pode dizer o mesmo. Um ônibus com torcedores uniformizados foi atacado na Rodovia Luiz de Queiróz, na saída de Piracicaba. Uma torcedora foi atingida por uma pedra, atirada por dois homens na estrada, e recebeu atendimento ao chegar ao Brinco. Já no estádio, a massa quinzista brigou de igual para igual com a maioria bugrina nos gritos, mas teve que voltar para casa sem o acesso.

FINAL PERFEITO
O acesso, além de representar o alívio da torcida bugrina, é um presente para o maior símbolo desses anos em busca da promoção. Prestes a se aposentar, Fumagalli participou dos dez minutos finais da semifinal no Brinco e pôde vivenciar, em campo, o sonho de terminar a carreira com a volta do Guarani à primeira divisão. 

XV DITA O RITMO
O lado emocional pesou consideravelmente mais do que a qualidade com a bola nos pés. Mesmo diante do caldeirão, o XV soube controlar a partida mesmo sem a posse e levou perigo a partir de roubadas de bola e arranques rápidos pelos buracos da defesa adversária. Além disso, impediu que o Guarani jogasse o seu natural, com bolas rasteiras a partir de trás. O Bugre passou todo o primeiro tempo "correndo atrás" do adversário e só levou perigo mesmo em jogada individual de Bruno Mendes, que Erik finalizou perto da trave.

GOLPE FATAL
O Guarani precisou de dois minutos para entender o que tinha que fazer para conseguir a vitória. Bruno Nazário flutuou da direita para o meio, carregou Fraga com ele e abriu espaço para Ricardinho. O volante bateu de primeira e fez o Brinco explodir em alegria. A partir daí, a partida mudou de configuração, com o XV se jogando totalmente ao ataque e assustando o Bugre, principalmente pelas costas de Marcílio. Apesar do domínio territorial, o Alvinegro não forçou Bruno Brigido a fazer nenhuma defesa. O Bugre se fechou e esperou o apito final para comemorar.

Fonte: Globo Esporte

Nenhum comentário:

Postar um comentário

Sua opinião é muito importante para nós, comente essa matéria!