quarta-feira, março 22, 2017

Foragido da Operação Carne Fraca se entrega em Foz do Iguaçu, no Paraná


O empresário Nilson Umberto Sacchelli Ribeiro se entregou à Polícia Federal (PF) nesta terça-feira (21), em Foz do Iguaçu, no oeste do Paraná. Ele chegou à delegacia acompanhado do advogado por volta das 16h30. Sacchelli Ribeiro teve prisão preventiva decretada na sexta-feira (17), quando foi deflagrada a Operação Carne Fraca, e era considerado foragido.
Ele é suspeito de pagar R$ 350 mil em propina para fiscais do Ministério da Agricultura do Paraná, em troca de uma licença para abate de carne de cavalo no frigorífico Oregon, seu parceiro.
O pai do empresário, Nilson Alves Ribeiro, que vive na Itália, também teve prisão decretada pelo mesmo motivo e é considerado foragido. Eles são sócios da empresa Frigobeto, com sede em Apucarana, no norte do Paraná, investigada na operação federal.
O advogado Alexandre Crepaldi negou as acusações e disse que Sacchelli Ribeiro deve ser transferido para Curitiba na quarta-feira (22). Ele disse ainda que empresário se entregou em Foz do Iguaçu porque estava na região, mas não explicou o motivo da viagem.
Fraudes
Considerada a maior operação da PF, quando se fala em números, a Carne Fraca soma 309 mandados, sendo 37 de prisão. Deste total, 36 suspeitos foram presos e apenas um continua foragido. Nesta terça, vence o prazo das prisões temporárias de 11 investigados. Veja quem são todos os alvos.
A Polícia Federal aponta para um esquema de fraude na produção e comercialização de carne. Além de corrupção envolvendo fiscais do Ministério da Agricultura e produtores, a investigação encontrou indícios de adulteração de produtos e venda de carne vencida e estragada. Das 21 fábricas investigadas, 18 ficam no Paraná.
Há ainda a suspeita de que partidos políticos tenham sido beneficiados com o pagamento de propina.
Ministério no controle
Em vistoria nesta terça à unidade da Seara na Lapa, Região Metropolitana de Curitiba, um dos alvos de mandado de busca e apreensão, o ministro da Agricultura, Pecuária e Abastecimento (MAPA), Blairo Maggi, lamentou o ocorrido, disse que quer dar transparência ao processo e afirmou que o ministério está no controle. “Estamos no comando e no controle desta situação e não há risco nenhum para ninguém”.

Fonte: G1

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