terça-feira, janeiro 17, 2017

Presídio onde houve massacre no RN está sem grade nas celas desde 2015

http://cidadenewsitau.blogspot.com.br/Inaugurada em 1998 com foco na "humanização", a penitenciária de Alcaçuz, no Rio Grande do Norte, está sem grades nas celas desde uma rebelião em março de 2015. Resultado: os presos circulam
livremente e os agentes penitenciários se limitam a ficar próximos à portaria.
No último final de semana, 26 presos foram assassinados, 15 dos quais decapitados, durante uma rebelião. O presídio não está controlado, a ponto de o governo do Rio Grande do Norte ter pedido à Força Nacional de Segurança, do governo federal, para intervir e retomar o controle do local.
Alcaçuz abriga presos de duas facções: o Sindicato RN, maior facção do estado, que ocupam três dos cinco pavilhões --1, 2 e 4. O pavilhão 5 é destinado aos detentos do Primeiro Comando da Capital (PCC). No 3 ficam aqueles que não integram facções criminosas.
Nesta terça (17), presos das duas facções rivais ficavam a menos de 300 metros uns dos outros, com ameaças mútuas de invasão de pavilhão. Grades, chapas de ferro dos portões, armários e colchões eram usadas como barricadas. Bandeiras das facções eram exibidas pelas unidades, que também tinha pichações alusivas aos grupos criminosos nelas. A polícia assistia de longe.
Até a rebelião de março de 2015, as grades das celas existiam, mas não ficavam trancadas. Desde então, o local está destruído. Uma fábrica em que os detentos trabalhavam e o refeitório estão desativados mesmo antes da rebelião.
Como não têm acesso aos pavilhões, os agentes penitenciárias não conseguem entregar as refeições diárias aos detentos. Convencionou-se, há anos, um sistema próprio, o do "preso chaveiro", em que um detento, com a chave do respectivo pavilhão em que está, vai buscar as refeições dos demais na administração da penitenciária.
O mesmo ocorre quando um preso tem de ser levado para uma audiência, por exemplo. O preso-chaveiro o leva até a administração --ou o presídio pede ajuda da Polícia Militar para entrar no pavilhão e pegar o detento.

Fonte: G1

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