terça-feira, setembro 20, 2016

Torcedores do ABC reclamam de policiais com conduta agressiva durante jogos

http://cidadenewsitau.blogspot.com.br/Depois do recente incidente com o vice-presidente Social, Cláudio Porpino, a torcida alvinegra volta a se queixar da ação da polícia dentro do Frasqueirão.


“Pela primeira vez assisti a um jogo na arquibancada por trás do gol, onde fica a Garra Alvinegra. Eu estava com minha esposa, minha filha de 11 anos, meu professor da universidade e dois primos. No começo do jogo, por volta dos 10 ou 15 minutos, o BPChoque chegou batendo em todo mundo. Vi senhores apanhando. Depois disso tudo, ainda jogaram spray de pimenta. Tinha criança com os olhos vermelhos”, relatou Valney Guilherme, de 39 anos, torcedor do ABC, que foi ao Frasqueirão no último domingo à noite, para assistir o embate contra o ASA/AL.

O empresário do ramo imobiliário está inconformado com “as agressões policiais” que disse ter testemunhado durante a partida válida pela última rodada da primeira fase do Campeonato Brasileiro Série C.

De acordo com o relato do torcedor, ilustrado por uma imagem que também chegou ao portalnoar.com e que teria sido feita no mesmo jogo, houve a utilização de tiros de balas de borracha. “Já imaginou se pega numa criança?”, indagou o empresário para depois garantir que “mesmo que minha filha quiser ir para outro jogo comigo, não levo”.

Na verdade, o próprio Valney não quer mais ir ao estádio torcer pelo seu time de coração. “Os dois primos que estavam comigo disseram que vão cancelar o sócio-torcedor, minha esposa disse que não vai mais porque quem deveria está nos protegendo está fazendo o contrário”, contou, criticando a ação e a conduta dos policiais do BPChoque.

Valney disse que não viu motivos para que os policiais do Batalhão de Polícia de Choque, responsável pela segurança dentro do estádio agissem do modo relatado. “A torcida Garra não estava fazendo nada. Nem briga, nem jogando garrafa. Nada! O que eu vi foram algumas pessoas fumando maconha. Mas se for isso, pegasse quem estava fumando”, pontuou, para em seguida completar que se a droga entrou no estádio foi por falha da fiscalização na entrada dos torcedores, feita pela própria polícia.



Versão policial

Procurado, o BPChoque deu a sua versão para o caso ocorrido no Frasqueirão através do Capitão Givanildo Gomes, responsável pelo policiamento dentro do estádio. “Houve um atrito no Módulo 3, a tropa interviu e três foram detidos”.

De acordo com o capitão, o “atrito” começou depois de uma “briga entre alguns torcedores e arremesso de objetos”. Sobre a utilização de spray de pimenta e balas de borracha, ele informou não ter conhecimento.



Em investigação

Na partida entre ABC e Fortaleza disputada no dia 20 de agosto, também no estádio Frasqueirão, foi registrada a suposta agressão policial contra o vice-presidente Social do clube potiguar, Cláudio Porpino.

Em imagem publicada pelo Novo Jornal, o dirigente aparece em conversa com policiais do BPChoque ao fim do jogo, enquanto torcedores reclamavam da demora para que os portões fossem abertos. Na confusão, um policial atinge Porpino no braço com um cassetete.

O caso, de acordo com a Secretaria da Segurança Pública e da Defesa Social (Sesed), está em investigação. A informação foi confirmada pela Polícia Militar. De acordo com as fontes, as imagens estão sendo analisadas para que as medidas cabíveis sejam tomadas.



Importante saber

Com a proposta de ser um canal de comunicação para avaliação dos serviços policiais, a Sesed oferece o serviço da Ouvidoria de Polícia, órgão que tem como atribuições ouvir, encaminhar e acompanhar denúncias, reclamações e elogios feitos pela população sobre atuação policial.

Pelo 0800-281-1595 a ligação é gratuita, e o atendimento acontece de segunda à sexta-feira, das 8h às 12h e das 14h às 18h.

O atendimento fora do horário de expediente pode ser feito pelo 98103-3696 (Atendimento Plantão).

Para quem desejar o serviço presencial, o órgão funciona na Rua Jundiaí, nº 410, 1º andar, Centro, em Natal.

Fonte:Portal Noar

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