Ainda não há uma previsão sobre o inverno de 2015 pelos meteorologistas, que devem divulgar ,ainda neste mês, a situação do período chuvoso para o
Mesmo diante da previsão pessimista, a Funceme ressalta que essa previsão não corresponde ao prognóstico da estação chuvosa do próximo ano, compreendida entre os meses de fevereiro e maio, por se tratar de um período diferente.
De acordo com os meteorologistas cearenses, somente na segunda quinzena de janeiro próximo é que essa previsão será estabelecida. Entretanto, os meteorologistas afirmam que a influência do fenômeno El Niño (aquecimento anômalo das águas superficiais do Oceano Pacífico Equatorial) é um fator que pode influenciar negativamente as chuvas nos próximos três meses e adiantam que o fenômeno deve permanecer atuando no primeiro semestre do próximo ano, o que representará uma catástrofe para quem já vem enfrentando três anos de seca.
No caso do Rio Grande do Norte, o meteorologista Gilmar Bristrot já havia afirmado que as chuvas no RN ficaram bem abaixo da média neste o ano de 2014. Apurando o acumulado do período chuvoso deste ano, as chuvas foram 35% abaixo da normalidade. O meteorologista da Empresa de Pesquisa Agropecuária do RN (EMPARN) disse que, embora em alguns municípios tenham ocorrido chuvas regulares, na grande maioria a situação é crítica. “Mesmo que alguns municípios tenham apresentado regularidade, mas quando analisamos o Estado todo, temos um terceiro ano consecutivo de estiagem. É um quadro de seca bastante expressivo”, afirma.
Em relação às chuvas que têm caído ultimamente, tantos os meteorologistas cearenses, quanto os potiguares explicam que a situação não deve ser vista como sinal de inverno. Eles afirmam que as chuvas no mês de dezembro não podem ser vistas como significativas, pois são insuficientes para abastecer os reservatórios, principalmente na condição atual.
No mês de novembro, o Departamento Nacional de Obras Contra as secas (DNOCS), divulgou nota sobre a situação dos reservatórios do RN. De acordo com a nota, os reservatório administrados pelo órgão no estado continuam em situação crítica, necessitando de permanente monitoramento por parte da instituição para suportarem esse período de estiagem (que já perdura há três anos), cumprindo com as principais finalidades, qual seja a de abastecer as populações e dar de beber aos animais.
Dnocs alerta sobre situação crítica de reservatórios do RN
De acordo com as última informações do Dnocs, a barragem Armando Ribeiro Gonçalves – o maior reservatório do estado, com capacidade de armazenar 2,4 bilhões de m³ de água – está no momento com 34,85% de sua capacidade (medição feita em 25 de novembro). A barragem abastece um grande número de municípios potiguares, através de uma rede de sistemas de adutoras e ainda é fonte hídrica para o perímetro irrigado Baixo-Açu.
O açude Itans, que tem capacidade de armazenar 81.750.000m³ de água, está com apenas 7.815.000 m³ ou 9,56% do total. O Sabugi, cuja capacidade total é de 65.335m³, se encontra com 12.041.000m³ (18,43%). Esses dois açudes são responsáveis pelo abastecimento de populações do Seridó norte-rio-grandense e dos perímetros Itans e Sabugi, implantados pelo Dnocs nos anos setenta do século passado.
Dos grandes reservatórios do Rio Grande do Norte, o que está em situação mais crítica é o açude Pau dos Ferros, responsável pela irrigação do perímetro de mesmo nome e abastecimento da cidade de Pau dos Ferros. Com capacidade total de acumular 55.881.000m³ de água, o reservatório se encontra com apenas 1.578.929 m³, ou 2,88 % de seu potencial, o que é muito preocupante, de acordo com o setor de Monitoramento da Coordenadoria Estadual do Dnocs no Rio Grande do Norte.
Fonte: Defato
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