quinta-feira, agosto 07, 2014

Só os argentinos salvam: Allione empolga, Mouche marca e Palmeiras avança na Copa do Brasil

 http://cidadenewsitau.blogspot.com.br/No primeiro tempo, um clima modorrento dentro de campo. No segundo, um pouco mais de empolgação e algumas jogadas
perigosas. No fim, alegria só por causa dos argentinos. Em jogo que se encaminhava para um final sem emoções, Pablo Mouche marcou e garantiu a vitória do Palmeiras sobre o Avaí por 1 a 0, nesta quarta-feira, no Pacaembu. O jogo foi válido pela terceira fase da Copa do Brasil.

Se dentro de campo o espetáculo não foi exatamente empolgante, deixou alguns pontos positivos. O primeiro deles, o óbvio, com a equipe de Ricardo Gareca garantida nas oitavas de final do torneio nacional, após ter vencido por 2 a 0 o duelo em Florianópolis e feito 3 a 0 no placar agregado. O segundo, a segurança demonstrada pelo time em vários momentos, sem deixar o Avaí avançar ou ficar com a posse de bola.

O terceiro ponto - e aí entra a salvação 'argentina', ao lado do gol de Mouche - , a estreia de Agustín Allione. O jovem de apenas 19 anos fez seu primeiro jogo oficial pelo Palmeiras e foi um dos poucos atletas a empolgar a torcida. Com muita vontade, lances de habilidade e velocidade pelo lado direito do campo, ele agradou e arrancou aplausos e gritos de incentivos dos torcedores.

Se o argentino empolgou, o mesmo não pode se dizer de Leandro. Dono de uma desanimada entrevista para as TVs após o fim do primeiro tempo, o jovem atacante ainda não recuperou totalmente a confiança. Prova disso foram os gols perdidos, um em cada tempo, que poderiam ter dado a vantagem aos palmeirenses, e a manifestação ‘positiva' de alguns setores da torcida quando ele foi substituído na segunda etapa.

E foi na etapa final que, aos 29 minutos, o zero finalmente desapareceu do placar. Wendel cobrou lateral para área, a defesa do Avaí rebateu mal e Mouche - que havia entrado minutos antes justamente no lugar de Leandro -, na sobra, chutou bonito para garantir o triunfo. 

Agora, o clube paulista volta a campo no próximo domingo, quando enfrenta o Atlético-MG no Independência, em partida válida pela 14ª rodada da Série A. O Avaí, por outro lado, jogo no sábado contra o Oeste de Itápolis, no estádios dos Amaros, pela 15ª rodada da segunda divisão.

O jogo

Gareca armou o time da maneira que desejava contra o Bahia, quando não teve Allione por falta de regularização de seus documentos. Ajeitou a equipe no 4-2-3-1, confiando na presença de Renato na cabeça de área para suprir as subidas de Tobio, novidade nesta noite, e montando a linha com Allione, Felipe Menezes e Leandro para se aproximar de Henrique.

Os dez primeiros minutos, porém, foram de um Palmeiras jogando de azul e correndo atrás do Avaí, que adiantou sua marcação e passou a frequentar o campo dos anfitriões. O panorama só mudou porque Allione não se satisfazia em ficar no ataque e, ao lado de Wesley, passou a rodar o campo para fazer sua equipe jogar.

A disposição do argentino fez a torcida se levantar pela primeira vez, quando foi aplicando dribles curtos até finalizar perto do ângulo direito de Vagner, aos dez minutos. Mas faltava quem acompanhasse o camisa 20. Seus toques curtos viraram passes aos adversários porque Wendel, Felipe Menezes e Wesley erravam demais na devolução.

Até que Wendel, após toques de calcanhar errados, encaixou uma boa jogada em sua 200ª partida pelo clube. Aos 29 minutos, cruzou com precisão para Leandro, livre na entrada da pequena área, isolar diante do gol, para revolta da torcida. Piorou quando não dominou passe de Allione que o deixaria na cara do gol, minutos depois.

Se levava sustos nas investidas catarinenses, o time paulista não sabia aproveitar a posse de bola maior porque, além de Leandro, Henrique se escondia atrás da marcação. A torcida só pôde comemorar quando o árbitro Paulo Schleich Vollkopf escorregou e caiu no gramado, lance comemorado como se fosse um gol. Um raro momento de alegria.

Na volta do intervalo, Wilker, com um minuto, quase marcou para o Avaí. Mas a noite era de irritação com Leandro. Se Allione ganhou aplausos ao driblar até bater rente ao gol aos cinco, Henrique saiu da área para colocar Leandro na cara do goleiro e o camisa 38 justificou os xingamentos ao chutar em cima de Vagner.

A jogada, pelo menos, animou os anfitriões. Os comandados de Gareca tiveram mais disposição para acompanhar Allione e também qualidade, enfim acertando passes para tornar mais útil a presença fixa no campo adversário. Em um desses lances, Felipe Menezes chutou em cima da zaga e a bola sobrou para Henrique, que acordou no intervalo, finalizar perto da trave direita, aos 13.

Como o Avaí não tinha mais do que lançamentos em direção a Wilker, o Palmeiras jogava apenas contra seus próprios erros. E Leandro já não tinha mais perdão. Sua substituição foi comemorada como um gol, aos 22 minutos, e Mouche entrou forçando Vagner a fazer boa defesa em forte chute do atacante argentino em sua primeira jogada.

Com Mouche pela esquerda, Victor Luis passou mais e desafogou para Allione, que tinha dificuldade para fazer Wendel acertar pela direita. O ânimo maior foi mais eficiente também. Aos 29 minutos, Mouche aproveitou bola que sobrou após cobrança de lateral e bateu de primeira para balançar a rede.

Respirando aliviado por escapar do 0 a 0, o time paulista preencheu seu meio-campo com Marcelo Oliveira e Bruno César nos lugares de Wesley e Henrique e ainda quase fez mais um, em finalização de Marcelo Oliveira que Vagner rebateu. Mas não era mais preciso balançar as redes, até porque o Avaí desistiu do jogo. 

FICHA TÉCNICA:
PALMEIRAS 1 X 0 AVAÍ

Local: Pacaembu, em São Paulo (SP) 
Data: 6 de agosto de 2014, quarta-feira 
Horário: 19h30 (de Brasília) 
Árbitro: Paulo Schleich Vollkopf (MS) 
Assistentes: Marcio Eustaquio Santiago (Fifa-MG) e Eduardo Goncalves da Cruz (MS) 
Cartões Amarelos: Leandro (Palmeiras) e Pablo (Avaí) 
Gol: PALMEIRAS: Mouche, aos 30 minutos do segundo tempo

PALMEIRAS: Fábio; Wendel, Lúcio, Marcelo Oliveira e Victor Luis; Renato, Wesley (Marcelo Oliveira), Allione e Felipe Menezes; Leandro (Mouche) e Henrique (Bruno César) 
Técnico: Ricardo Gareca

AVAÍ: Vagner; Bocão, Antônio Carlos, Pablo e Marrone; Julio Cesar, Eduardo Neto, Cleber Santana (Diego Jardel) e Marquinhos (Diego Viana); Wilker (Willen) e Héber 
Técnico: Geninho

Fonte: ESPN

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