Reunidos ontem em assembleia extraordinária, os docentes da Universidade do Estado do Rio Grande do Norte (Uern) aprovaram um indicativo de greve para setembro. A
Em nova assembleia, marcada para o dia 18 de setembro, será avaliado o processo de negociação salarial que, segundo a diretoria da Associação dos Docentes da Uern (Aduern), já se arrasta desde maio deste ano quando a categoria aprovou e enviou à Reitoria uma série de propostas reivindicatórias que compõem a pauta da campanha salarial, mas que até agora não recebeu nenhuma contraproposta do Governo do Estado.
A presidente do Sindicato dos Técnicos da Uern (Sintauern), Rita de Cássia, que esteve presente na assembleia realizada ontem, disse que se reunirá com a diretoria da entidade amanhã e decidirá se os técnicos-administrativos apoiarão ou não a decisão da Aduern.
A proposta de indicativo de greve recebeu apoio de vários professores. De acordo com o sindicato, além de defender a campanha salarial dos professores, é hora também de lutar por melhorias na estrutura da Uern e nas condições de trabalho.
Para Valdomiro Moraes, presidente da Aduern, foi preciso tomar esta decisão, depois de tanto aguardar o posicionamento do Governo, sem que isto viesse a acontecer: "Sempre estivemos abertos ao diálogo com a Reitoria e o Governo do Estado, e essa atitude tomada em assembleia mostrou que estamos insatisfeitos com a morosidade por parte do poder público. Esperamos que essa situação se resolva sem a necessidade de uma nova paralisação".
O vice-reitor Uern, Aldo Gondim, disse da preocupação da instituição diante do impasse, mas exaltou a luta da classe. "Achamos justa qualquer luta que venha a trazer melhorias para a nossa Universidade, mas acho que o momento é de ter prudência, visto que as propostas apresentadas em maio eram para ações a ser desenvolvidas no ano que vem e que estamos ainda trabalhando para recuperar os semestres em atraso" informou.
Aldo Gondim acrescentou que acredita ainda que até a data marcada para a decisão final sobre a greve haja novidades quanto às reivindicações pleiteadas pela categoria. "Temos ainda duas semanas, acredito que até lá resolveremos todas estas pendências", finalizou.
Fonte: O Mossoroense
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