sábado, outubro 05, 2013

Justiça do RN solta sete acusados de usar nome de ricos para fraudes

A Justiça do Rio Grande do Norte concedeu liberdade provisória a sete acusados de envolvimento com uma quadrilha que clonava cartões de crédito em nome de mortos. Os alvarás de soltura foram expedidos por determinação da juíza Denise Léa Sacramento Aquino, da comarca de São Gonçalo do Amarante, na Grande Natal. A magistrada atendeu parecer do Ministério Público Federal.
O órgão ministerial considera que "apesar das provas produzidas serem robustas em relação autoria e materialidade dos crimes apurados os acusados referenciados indicam menor periculosidade, com menor probabilidade de reincidência criminal".

Na decisão, a juíza condedeu a liberdade provisória com três condições. Os acusados devem se apresentar à Justiça a cada dois meses, não podem sair da Grande Natal sem autorização judicial e não podem utilizar cartões de crédito.

A atuação do grupo foi mostrada em matéria exclusiva do Fantástico exibida em 26 de agosto do ano passado.

A ação ganhou destaque na mídia nacional porque um dos nomes usados por ele, segundo investigação do Ministério Público, foi o do empresário paulista Marcos Kitano Matsunaga. Herdeiro da empresa Yoki, Matsunaga foi morto e teve o corpo esquartejado pela própria mulher, Elize Matsunaga, em maio do ano passado em São Paulo.
Além de usar o nome de Matsunaga, a quadrilha comprou uma caminhonete no valor de R$ 136.500 em nome do empresário Fernando de Arruda Botelho, acionista do grupo Camargo Correa. Ele morreu no dia 13 de maio do ano passado, vítima de um acidente aéreo em São Paulo. “Eles pagaram R$ 19 mil de entrada, financiando R$ 166.500 junto a um banco. Após aprovação de cadastro”, revelou o delegado Ben-Hur Medeiros.
Os membros da quadrilha ainda requisitaram cartões de crédito em nome de Marcos Kitano Matsunaga (morto em 19 de maio deste ano), Fernando de Arruda Botelho (13/04/2012), Edmundo Pereira de Assis (31/12/2011), Romero de Oliveira Andrade (07/04/2012), João Batista Diniz (03/05/2012) e Luiz Gonzaga Leite Parazzo (26/06/2012), a partir das datas de seus falecimentos.
A quadrilha também financiou dois veículos em nome de Solleon Natos Tavares de Menezes, morto em um acidente de trânsito em 10 de junho deste ano, no Ceará.

Reprodução Cidade News Itaú

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