Quinze pessoas ficaram feridas, sendo uma em estado grave, após um ataque de abelhas africanizadas no Jardim Ouro Verde, em Limeira (cerca de 150 km de São Paulo), nesta quinta-feira (3). O caso mais sério é o de uma mulher de 40 anos que levou mais de mil picadas pelo corpo, teve um choque anafilático e foi internada, sem risco de morte.
O ataque aconteceu por volta de 16h, depois que funcionários de uma empresa atearam fogo na colmeia onde estavam as abelhas, em um galpão abandonado. Ao serem atiçados, os insetos deixaram o local e se espalharam por três bairros.
Viaturas do Corpo de Bombeiros e do Samu (Serviço de Atendimento Móvel de Urgência) prestaram socorro às vítimas. "A gente ouviu gritos na rua e viemos ver o que tinha acontecido. Vieram abelhas de todos os lados, todo mundo levou picada. Eu mesmo levei dois de carro até o pronto-socorro, mas, de nós, ninguém tinha levado muita picada", contou o aposentado Edmar Silva Coutinho, 63, morador na região.
De acordo com o médico do Samu Ricardo Faria, sua viatura foi a primeira a chegar ao local e encontrou a mulher caída no chão, com o corpo coberto de abelhas. "O Samu não tem o equipamento para lidar com abelhas, então esperamos o Corpo de Bombeiros. A vítima estava repleta de abelhas. Foi angustiante", disse Faria.
Minutos depois, duas outras vítimas foram socorridas pelo Corpo de Bombeiros, com ajuda de um soldado usando trajes adequados para a remoção dos insetos. O atendimento no local durou uma hora.
Por consequência do ataque, uma quadra esportiva e um centro cultural tiveram as atividades suspensas. A Defesa Civil de Limeira disse que irá retirar a colmeia do galpão nos próximos dias já que podem ter restado abelhas em número suficiente para fazer a reconstrução, apesar do fogo.
Rajadas de amarelo e preto, as abelhas africanizadas são resultado de um cruzamento entre abelhas africanas --altamente selvagens e não domesticáveis para a produção de mel-- e de espécies brasileiras, mais dóceis. Com isso, produzem mel em maior quantidade que as abelhas brasileiras e são menos agressivas que as 100% africanas.
Reprodução Cidade News Itaú
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