sexta-feira, junho 14, 2013

Gel e mamona combatem larvas da dengue, revela a USP de Piracicaba

Vigilância em Saúde de Porto Alegre realiza ação contra dengue  (Foto: Divulgação/PMPA)
Pesquisadores da Escola Superior de Agricultura Luiz de Queiroz (Esalq), em Piracicaba (SP), descobriram que o gel agrícola e a mamona podem ajudar a combater as larvas do mosquito Aedes aegypti, transmissor da dengue. Estes produtos podem ser usados separadamente para eliminar possíveis focos da doença em casa, como vasos de plantas, ao serem diluídos em água.
Os estudos foram realizados no laboratório do Departamento de Entomologia da instituição, ligada à Universidade de São Paulo (USP). O gel agrícola, geralmente encontrado em casas agropecuárias e floriculturas, pode ser usado no combate ao mosquito da dengue.
De acordo com o professor Octavio Nakano, pesquisador do departamento, o produto faz com que a água fique igual ao estado do gel e dificulte o movimento da larva. "Ela se movimenta para respirar e se alimentar. Com a água gelificada, a larva fica sem movimentos e morre", afirmou. 
O indicado é usar um grama (uma colher de café) de gel agrícola para um litro de água. A solução pode ser colocada no prato que, geralmente, fica embaixo de vasos de plantas. As pesquisas ocorrem desde o ano passado, segundo Nakano.

Uso da mamona
Outro produto que ajuda a matar a larva do mosquito da dengue é a mamona, segundo a USP. Eles descobriram que a ricinina, que é a substância já conhecida da planta, mata as larvas do pernilongo. "O ideal é amassar o fruto da mamona e deixá-lo no álcool de duas a três horas. Depois, usar duas colheres de sopa da mistura para, mais ou menos, cada litro de água", afirmou Nakano. A solução dura poucos dias, mas mata a larva. "A substância envenena permanentemente a água", disse o pesquisador.
O professor alerta que os dois produtos podem ser usados como proteção aos vasos das plantas, mas que não substitui a prevenção de não deixar água parada em casa. "O ideal é ressaltar que a água não deve nunca ficar parada", afirmou o professor da Esalq.
Novas observações
Outra solução, mas ainda em testes pelos pesquisadores da Esalq, é o bicarbonato de sódio. Já se sabe que o produto rouba o oxigênio da água, o que faria a larva do mosquito da dengue ficar mais tempo retirando o ar da superfície. "Queremos descobrir o produto que atua na superfície da água e que possa matar a larva", afirmou Nakato.

Reprodução Cidade News Itaú

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