Cerca de um mês e meio depois da realização da festa, a Prefeitura de Touros decidiu publicar no Diário Oficial dos Municípios (disponível na Federação dos Municípios do RN, a Femurn) os gastos com o carnaval da cidade, um dos mais “caros” do Rio Grande do Norte. Segundo o prefeito da cidade, Ney Leite, do PSD, foram R$ 600 mil “investidos” nos dias de folia carnavalesca. Desse total, quase R$ 230 mil foram apenas para a empresa MCI Produção e Eventos.
Isso porque, além do cachê de bandas a qual empresaria, a MCI foi contratada, também, para “para fornecimento de estrutura de arena da folia, durante o carnaval para ‘abrilhantar as festividades do carnaval de touros de 2013′” e “locação de trio elétrico, composto de palco, som, gerador de 150 KWA, durante o período do carnaval e todos os equipamentos necessários para apresentação de bandas de músicas”.
Cada um desses contratos rendeu R$ 74 mil para a empresa, que recebeu também pela contratação da banda Última Hora (R$ 24 mil), Banda Inala (R$ 25 mil), André Luvi (R$ 15 mil), Assum Preto (R$ 15 mil) e mais o “pacote” formado pelas bandas Simplicidade, Fernando Show, Azara Gueto e Tsunami (R$ 16 mil todas elas).
A atração mais “cara” contratada pela Prefeitura de Touros, como era de se esperar, foi o cantor baiano Ricardo Chaves, que cobrou R$ 96 mil de cachê – pagos a empresa Rafa Produções e Edições Musicais. É importante lembrar que no ano passado, o cantor teria recebido R$ 270 mil da Prefeitura de Guamaré para tocar também no carnaval.
A segunda atração mais “cara” foi a banda potiguar Grafith, que teve um cachê de R$ 90 mil por uma apresentação. Em Macau, em 2013, teria recebido R$ 700 mil por sete shows, ou seja, R$ 100 mil por cada um.
Forró da Pegação, outra banda potiguar, teve um cachê de R$ 75 mil, pagos diretamente a própria banda, assim como o valor pago ao Forró Deixe de Brincadeira (R$ 35 mil). A cantora, também do RN, Lane Cardoso, recebeu R$ 30 mil, mas repassados pela G&G Produções e Eventos LTDA. Forró Farra de Rico, que completou a lista de atrações do carnaval de Touros, recebeu R$ 30 mil.
COMPARAÇÃO
É importante lembrar que, ao todo, o carnaval de Touros foi considerado um dos mais caros do Rio Grande do Norte, mas ficou bem atrás do mais caro do RN, que foi o de Macau, com um investimento total de R$ 4 milhões. Só com o aluguel de dois trios elétricos, foi R$ 1 milhão, pagos à empresa Luiz Gonzaga Nunes. O valor foi confirmado pela própria prefeitura local, em publicação feita no Diário Oficial do Município de Macau.
A banda Grafith, que recebeu R$ 90 mil por uma única apresentação em Touros, teria recebido, também, R$ 700 mil para sete shows na “Cidade do Sal”, ou seja, R$ 100 mil por cada uma. A informação, porém, não foi confirmada pela gestão municipal da cidade.
Confirmados foram outros gastos com equipamentos e estruturas, como os R$ 293,2 mil pagos para a empresa Samucka Incorporações para a locação de estruturas – palcos, camarotes e banheiros químicos. O prefeito Kerginaldo Pinto pagou também R$ 101 mil para outras estruturas como pórtico de entrada, camarim simples, camarins TS, torres de vigia, banda e grades de contenção.
Só para a contratação de telões multimídia (tinha dois na cidade), foram outros R$ 45 mil em dinheiro público. Mais R$ 44 mil para o aluguel de geradores para utilização nos eventos carnavalescos e mais de R$ 230 mil para segurança, sendo R$ 115 mil para empresa de vigilância não armada para prestação de serviços durante o período do carnaval e R$ 115 mil para a contratação de empresa do ramo da alimentação para fornecimento de refeições para atender ao pessoal das equipes de apoio técnico, coordenação e produção do carnaval, ao pessoal da segurança, aos policiais de apoio das polícias civil e militar.
Reprodução Cidade News Itaú
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