segunda-feira, março 25, 2013

Empresa descumpre contrato e obras na Câmara de SP emperram


Funcionários trabalham em obra da Cãmara Municipal de Sãao Paulo, no centro da cidade
A Câmara Municipal vai abrir uma licitação para recomeçar uma obra que já está sendo executada desde 2011.

A empreitada que prevê uma nova biblioteca e reformas no auditório externo do Legislativo foi contratada em novembro daquele ano ao custo de R$ 10,4 milhões, porém, segundo a atual presidência da Casa, a empresa não cumpriu o contrato.

Desde então, foi pago cerca de R$ 1 milhão pelos serviços executados à empresa Recoma. A conclusão estava prevista para maio deste ano.

A Folha esteve nas obras na semana passada e constatou que elas ainda estão em estágio inicial. Nos dias em que a reportagem esteve ali, seis operários trabalhavam fazendo a estrutura para fazer um novo piso.

A Recoma é especializada em pisos esportivos e atuou nas obras do estádio do Engenhão, no Rio de Janeiro.

Em agosto do ano passado, a Prefeitura de São José dos Campos (a 97 km de São Paulo) multou a empresa em R$ 330 mil por atraso nas obras de construção de uma arena esportiva na cidade, que custarão R$ 33,3 milhões.

RECOMEÇO

A empresa começou a obra no mandato do ex-presidente José Police Neto (PSD), que acabou no ano passado. De acordo com a gestão atual, de José Américo (PT), a Recoma não entregou o projeto executivo para obra.

Com isso, a nova licitação pode incluir gastos extras para a contratação do projeto arquitetônico, o que ainda está sendo estudado.

Já a gestão passada informou que tanto o projeto da nova biblioteca como a do auditório externo foram elaborados por técnicos da própria Casa.

Em reunião da mesa diretora na última semana, foi decidido que o contrato vai ser cancelado, sem a possibilidade de acordo amigável.

Segundo a presidência, ficou definido que as próximas licitações serão feitas com base em critérios técnicos e melhor preço. A contratação anterior foi baseada no menor preço, segundo o Legislativo.

OUTRO LADO

O dono da Recoma, Sergio Schildt, disse que não poderia falar sobre questões do contrato. "Quem tem que falar sobre isso é o contratante", disse à Folha. Ele afirmou apenas que há entendimento "amigável" para a finalização da obra, o que a Câmara nega.

"Estamos trabalhando dentro das possibilidades. Vamos seguir as orientações do cliente", disse Schildt.

O ex-presidente da Câmara, José Police Neto (PSD) não quis comentar o atraso nas obras. Segundo informações da secretaria-geral da Casa, não houve pagamento de serviços não finalizados e que a empresa foi notificada.

Reprodução Cidade News Itaú

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