terça-feira, janeiro 24, 2012

Primeiras chuvas começam a provocar transtornos aos moradores do conjunto habitacional Márcio Marinho

conjunto_marcio_marinho

Basta a ocorrência da primeira chuva de maior volume na cidade para que os transtornos gerados pela rede de escoamento pluvial do conjunto residencial Márcio Marinho comecem a surgir. Alguns minutos de chuva do último domingo, 22, foram suficientes para que algumas ruas do conjunto se tornassem intransitáveis. Há cinco anos, desde que foi entregue pela Caixa Econômica Federal (CEF), a cada período chuvoso a comunidade sofre com as deficiências do escoamento da água das chuvas.
A dona de casa Janaína Miguel, que reside na penúltima rua do conjunto habitacional, que corresponde ao trecho mais afetado da comunidade, conta que na noite do último domingo as águas estiveram em um nível mais elevado, sendo que mesmo depois de oito horas após a chuva, a maior parte da via ainda permanecia encoberta pelas águas.
"Já baixou mais, mas ontem subiu muito em poucos minutos de chuva. Se o período chuvoso for forte com chuvas frequentes, a água vai invadir muitas casas. Assim como nos anos anteriores, quando muitos moradores tiveram prejuízos devido à perda de móveis e equipamentos. Na minha casa, uma vez a água chegou a invadir, mesmo a residência sendo um pouco mais elevada em relação às outras casas. Não danificou nada, porque na época ainda não estava morando aqui. Porém, os prejuízos para este ano não estão descartados", revela a moradora, apreensiva.
Há cinco anos, os moradores movem uma ação judicial contra a Caixa Econômica Federal e a construtora Metro Quadrado, responsáveis pelo projeto e execução da obra, exigindo que reparem os danos e prejuízos externos e internos das residências ocasionados pela rede de drenagem das águas pluviais do conjunto.
Em maio do ano passado, uma equipe de engenheiros encaminhada pela Justiça realizou inspeção técnica na rede de escoamento do local. Entretanto, o que se esperava ser a resolução do impasse, tornou-se mais um motivo da disputa judicial entre os residentes e a Caixa Econômica.
"Na avaliação da nossa assessoria jurídica, a perícia não foi feita da forma que deveria ter sido realizada. Por este motivo, a nossa advogada revogou o resultado da perícia e solicitou uma nova inspeção junto à Justiça. A Caixa Econômica contestou o pedido. Mas a mais recente informação recebida é que os papéis da solicitação já estão com o juiz que analisará e dará o parecer", explica a dona de casa Janaína Miguel. 
Precipitações aliviam o calor e denunciam falhas na infraestrutura da cidade

A Empresa de Pesquisa Agropecuária do Rio Grande do Norte (Emparn) divulgou ontem, 23, o boletim pluviométrico referente ao período que corresponde do dia 20 ao dia 23 deste mês. Conforme o levantamento do órgão, Mossoró registrou um índice de 11,5 milímetros de chuva no último fim de semana.
Apesar de registrar pouco mais de 11 milímetros, a chuva que incidiu sobre Mossoró no último domingo, 22, foi encarada como um alívio para muita gente que sofria com os transtornos gerados pelas elevadas temperaturas e com a sensação térmica no município.
Para a professora Carla Renata, a precipitação com um volume significativo veio no momento certo. "Não aguentava mais o calor insuportável que estava fazendo em Mossoró. Nada que se fazia para amenizar a sensação do tempo abafado estava surtindo efeito. Cheguei a tomar três banhos em apenas uma noite para conseguir dormir, pois o ventilador não estava adiantando", conta a professora aliviada.
No entanto, a precipitação pluviométrica da noite do último domingo não gerou somente benefícios com amenização da sensação térmica da população da cidade. Com as chuvas, surgiram também os problemas na infraestrutura do município. Entre os danos, houve pane no sistema de sinalização semafórica de trânsito em vários pontos de Mossoró. Entre eles, o risco de colisões e acidentes de trânsito foi registrado no cruzamento das avenidas Delfim Moreira e Venceslau Braz, trecho situado no bairro Paredões.
Além da pane no sistema de sinalização eletrônica de Mossoró, em alguns pontos da região central a rede de escoamento de águas pluviais não conseguiu dar vazão ao volume da primeira grande chuva incidente em 2012 na cidade. O resultado disso foi o acúmulo e poças de água nas vias, até mesmo depois de mais de seis horas da ocorrência pluviométrica.

Fonte: O Mossoroense

Nenhum comentário:

Postar um comentário

Sua opinião é muito importante para nós, comente essa matéria!