quarta-feira, julho 13, 2022

Polícia Federal abre investigação preliminar para apurar falha no sistema da Câmara



A Polícia Federal informou nesta quarta-feira (13) que abriu um procedimento preliminar de investigação sobre falhas na internet e no sistema de informática da Câmara dos Deputados.


Agentes da PF estiveram na Câmara na madrugada, após o sistema apresentar inconsistências.


Os problemas ocorreram em meio à votação da chamada "PEC Kamikaze", proposta do governo que concede uma série de benefícios sociais às vésperas das eleições, e somente para este ano.


Após o problema técnico, o presidente da Câmara, deputado Arthur Lira (PP-AL), suspendeu a votação de destaques (sugestões de alterações) da PEC e o segundo turno da proposta. Lira solicitou a investigação da PF.



As equipes da PF chegaram à Câmara por volta das 22h e deixaram o local pouco depois das 3h.


"A Polícia Federal foi acionada na noite desta terça-feira pela Câmara dos Deputados para apurar falhas na internet e inconsistências no sistema de votação da Casa. Após o acionamento, uma equipe técnica esteve no local e fez as primeiras verificações. Foi instaurado procedimento preliminar de apuração na Superintendência da Polícia Federal no Distrito Federal e as diligências continuam a fim de esclarecer prontamente o ocorrido", informou a PF em nota.


'Apagão'

Logo no início da discussão da PEC, a internet e o sistema de votações remoto da Câmara começaram a apresentar problemas. Os deputados – obrigados a registrar presença no plenário, mas autorizados a votar remotamente por meio de um aplicativo – não conseguiram acessar o sistema.


Lira pediu, então, que os parlamentares fossem ao plenário registrar seus votos. O presidente da Câmara chegou a dizer que as dificuldades com a rede da Casa não eram apenas técnicas, e que pediria investigação à Polícia Federal e ao Ministério de Justiça e Segurança Pública.


"Os dois links, os dois servidores de internet da Casa caíram ou foram cortados automaticamente no mesmo período, de duas empresas diferentes", afirmou. "Vou fazer uma queixa formal à Polícia Federal, ao Ministério da Justiça. Isso é interferir no trabalho livre e na autonomia do Poder Legislativo", disse Lira.


Fonte: g1

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