quarta-feira, julho 13, 2022

PF vai ao Supremo após Senado não responder sobre acesso a provas da CPI da Covid



A Polícia Federal acionou o Supremo Tribunal Federal nesta quarta-feira (13) para ter acesso a provas reunidas pela CPI da Covid, encerrada no ano passado. A corporação quer que o ministro Luís Roberto Barroso determine ao Senado a entrega do material.


Segundo a PF, o pedido foi feito diretamente ao Senado em 8 de junho, em um ofício assinado pelo diretor-geral da Polícia Federal, Márcio Nunes. O Senado confirmou o recebimento da demanda mas, mais de um mês depois, ainda não deu retorno.


O g1 questionou o Senado sobre o pedido feito pela PF e a expectativa de liberação dos dados e aguarda retorno.


Na manifestação enviada ao STF nesta quarta-feira (13), o delegado federal Leopoldo Soares Lacerda informou à Corte que oficiou o presidente do Senado, Rodrigo Pacheco (PSD-MG) para "franquear o acesso de todo acervo digital probatório reunido pela CPI da Pandemia a Peritos de Polícia Federal designados com o fim de atender a decisão judicial e garantir a cadeia de custódia das provas".


O trabalho da CPI da Covid foi encerrado no ano passado e culminou no pedido de 80 indiciamentos, entre os quais o do presidente Jair Bolsonaro e de ministros do governo por diversos crimes.


PF vai 'sistematizar' documentos

Em abril, Barroso determinou à PF que fizesse a sistematização da documentação apresentada pela comissão à Procuradoria-Geral da República. Uma vez organizado o material, ele poderá ser analisado pelo Ministério Público e gerar eventuais pedidos de continuidade das investigações.


Essa decisão de Barroso atendeu a um pedido da própria PGR. Segundo o despacho, a procuradoria argumentou que o relatório final da CPI, aprovado em outubro de 2021, "não foi preciso ao vincular as condutas supostamente criminosas aos documentos colhidos durante a investigação".


O STF analisa diversas petições sobre as conclusões da CPI da Covid, distribuídas entre diferentes relatores. A PGR pediu a retirada dos sigilos em fevereiro - e alguns ministros já deram publicidade ao caso.


Fonte: g1

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