terça-feira, julho 06, 2021

Na Câmara, ministro confirma reunião com filho de Bolsonaro, mas diz não saber de quem se tratava

O ministro do Desenvolvimento Regional, Rogério Marinho, confirmou nesta terça-feira (6) em audiência na Câmara dos Deputados ter se reunido no ano passado com o empresário Jair Renan Bolsonaro, mas acrescentou não saber que o encontro seria com o filho mais novo do presidente Jair Bolsonaro.


Ministro Rogério Marinho (Desenvolvimento Regional) participa de audiência na Câmara dos Deputados — Foto: Gustavo Sales/Câmara dos Deputados


Rogério Marinho foi chamado pela Comissão de Fiscalização Financeira e Controle a dar explicações sobre o encontro.


Segundo ele, a reunião foi pedida "pelo gabinete do presidente" e somente durante o encontro "alguém" o informou quem era Jair Renan. Aos deputados, Rogério Marinho acrescentou que na reunião foi apresentada uma "solução tecnológica" na área de habitação (leia detalhes mais abaixo).


A Polícia Federal abriu um inquérito para investigar a empresa de Jair Renan, a pedido do Ministério Público, por suspeita de tráfico de influência.


"A reunião que ocorreu conosco foi em 2020. [...] Foi solicitada pelo gabinete do presidente, por um de seus auxiliares", afirmou Marinho durante a audiência desta terça.


"Só soube que ele era filho do presidente porque alguém me apresentou a ele [durante a reunião]", acrescentou o ministro, em outro trecho.


Na avaliação de Marinho, o fato de Jair Renan ter estado presente ao encontro "não causou nenhum tipo de constrangimento". "Até porque ele entrou calado e saiu calado", completou. O ministro, contudo, não detalhou quem mais participou.


Como foi a reunião

Aos deputados, Rogério Marinho disse que, no encontro, a empresa apresentou uma "solução tecnológica", encaminhada para a Secretaria Nacional de Habitação (SNH) do ministério.


"[A secretaria] recebe cotidianamente centenas de contribuições, que são levadas em consideração ou não", afirmou Marinho nesta terça.


Ainda durante a audiência, o ministro negou que o ministério contrate diretamente conjuntos habitacionais ou soluções tecnológicas.


"Quem o faz são as empresas que atendem aos editais através do Fundo de Arrendamento Residencial (FAR) ou do Fundo de Desenvolvimento Social (FDS)", disse.


"Não tem nenhuma relação de causa e efeito a presença do filho do presidente", concluiu.


Fonte: G1

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