sexta-feira, março 16, 2018

Vereador compra voto e se diz injustiçado por colega não cumprir combinado

Serafim Xavier (esq.) e Kedson Batista (dir.) (Foto: Divulgação)

Dois vereadores de Aparecida do Rio Negro, a 70 quilômetros de Palmas, foram denunciados criminalmente por montar um esquema para burlar a eleição à presidência da Câmara de Vereadores da cidade. Segundo o Ministério Publico Estadual (MPE), Serafim Estácio Xavier, ex-vereador, pagou R$ 20 mil a Kedson Batista Soares, para deixar de votar na escolha do presidente em 2016. Ele teria confessado o crime e ainda se disse injustiçado pelo colega não ter cumprido o combinado.

O G1 ligou para a Câmara de Vereadores de Aparecida do Rio Negro, mas as ligações não foram atendidas. Não conseguimos contato com o vereador e o ex-vereador ou seus advogados.

Conforme investigado pelo MPE, no ano de 2015, quando ainda era vereador, Xavier se candidatou à presidência e ofereceu dinheiro a Soares, presidente na época, para que pudesse vencer a eleição e ocupar o cargo em 2016.

A ideia era que Xavier empatasse no número de votos com outro candidato e assumisse o cargo de presidente da câmara por ser mais velho. Porém, Soares se arrependeu do acordo e resolveu continuar no cargo mesmo após receber o valor indevido. Para isso, fez um decreto legislativo prorrogando a própria gestão por mais um ano.

Ainda segundo o MPE, a promotora responsável pelo caso ouviu testemunhas e teve acesso a conversas trocadas entre os envolvidos. Além disso, o próprio vereador Serafim Estácio Xavier teria confessado, se dizendo injustiçado pelo colega não ter cumprido o combinado.

O MPE ofereceu denúncia criminal contra os dois envolvidos. Xavier, que teria pago os R$ 20 mil, foi denunciado por oferecer vantagem indevida a funcionário público para praticar, omitir ou retardar ato de ofício. Ele pode pegar de dois a 12 anos de prisão e pagar multa.

Por outro lado, o vereador Kedson Batista Soares foi denunciado por receber vantagem indevida. Ele também pode ser condenado a até 12 anos de prisão e pagar multa.

Fonte: G1

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