Esqueça aquele Santos apático da derrota para o Real Garcilaso, no Peru, pela estreia do time na Taça Libertadores. A equipe que entrou em campo na noite desta quinta-feira, no Pacaembu, não se intimidou com o jogo duro, a experiência e a vantagem numérica do Nacional. Com Sasha, dois gols, e Rodrygo, um gol, inspiradíssimos, o Peixe fez 3 a 1 nos uruguaios e fez os torcedores esquecerem que o Santos jogava com um a menos desde o fim do primeiro tempo – Gabigol foi expulso. Noite para animar qualquer alvinegro.
COMO FICOU?
A vitória levou o Santos aos três pontos, na vice-liderança do Grupo 6, com o mesmo número do Real Garcilaso, algoz do time na primeira rodada da fase de grupos – o Peixe, porém, leva vantagem no saldo de gols. O Estudiantes, que fez 3 a 0 no mesmo Garcilaso, é líder com quatro pontos. O Nacional continua com apenas um ponto.
PRIMEIRO TEMPO
Sete cartões amarelos, um vermelho. O Santos superou o início tenso, com divididas duras e medidas disciplinares do árbitro Ulises Mereles, para dominar a posse de bola e, com velocidade, ditar o ritmo da primeira etapa. Com Sasha e Rodrygo abertos e Léo Cittadini em noite inspirada, o Peixe conseguiu transições com superioridade numérica e, com facilidade, chegou ao gol de Conde. Performance bem diferente daquela contra o Real Garcilaso.
O Santos abriu o placar naturalmente, mas na bola parada: aos 19, Jean Mota cobrou falta da esquerda, e Sasha, de cabeça, fez 1 a 0. Solto, o time de Jair Ventura quase fez o segundo após cruzamento rasteiro de Cittadini, que Rodrygo não alcançou. Apesar de alguns sustos do Nacional, o time da casa mandou. E só teve um baque com a expulsão de Gabigol.
SEGUNDO TEMPO
No momento em que mais se temia uma pressão do Nacional, o “raio” Rodrygo recebeu de Dodô, passou por dois marcadores e finalizou na saída de Conde, abrindo 2 a 0 aos três minutos da etapa final. Daí em diante, o Peixe navegou em águas bem mais tranquilas, com a torcida ao seu lado no Pacaembu. Houve até chance de ampliar o placar, em pênalti sofrido por Arthur Gomes e perdido pelo próprio. No fim, o Nacional esboçou reação com um gol de Oliva, aos 35, após rebote de David Braz. Um minuto depois, porém, Sasha recebeu passe perfeito de Alison, marcou pela segunda vez no duelo e garantiu a vitória santista.
RODRYGO: NOITE PARA LEMBRAR
Aos 17 anos, dois meses e seis dias, o garoto se tornou o brasileiro mais novo a marcar em um jogo de Libertadores. Não bastasse isso, o aluno do terceiro ano do ensino médio não foi à aula para poder decidir a favor do Santos. Sem Gabigol, foi dele o lance mais bonito do jogo: após receber de Dodô, passou por dois marcadores bem maiores do que ele e tocou na saída de Conde, fazendo 2 a 0 para o Peixe no momento mais difícil da partida. Apesar de muito novo, Rodrygo tem bola para brilhar já nesta Libertadores.
GABIGOL: NOITE PARA ESQUECER
Cercado de expectativas e dono da camisa 10 do Santos, Gabigol começou o jogo mais preocupado com discussões do que com a performance do time – e isso lhe custou um cartão amarelo logo aos 11 minutos, após desentendimento com Oliva. O atacante participou pouco das ações ofensivas e só voltou a aparecer aos 43 minutos, quando chegou atrasado em uma dividida com Polenta e levou o segundo amarelo. Perplexo, ainda tentou argumentar com o árbitro: “O que eu fiz?”, disse.
PÚBLICO E RENDA
Público: 18.077 pagantes
Renda: R$ 791.540,00
PRÓXIMOS JOGOS
O Santos volta a campo no próximo domingo, às 19h (de Brasília), em Ribeirão Preto, contra o Botafogo-SP, no jogo de ida das quartas de final do Paulistão. Pela Libertadores, o Peixe só joga em 5 de abril, contra o Estudiantes, na Argentina, às 21h30.
Fonte: Globo Esporte
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