sexta-feira, outubro 06, 2017

Comitê Olímpico Internacional indica que Nuzman pode ser suspenso

O Comitê Olímpico Internacional pediu às autoridades brasileiras informações sobre a prisão Carlos Arthur Nuzman, presidente do Comitê Olímpico do Brasil. Quem tem os detalhes é a correspondente Bianca Rothier.
O COI, com sede na cidade suíça de Lausanne, também ofereceu cooperação com a investigação. Em nota, disse ainda que a Comissão de Ética analisa o caso e que, diante dos novos fatos, pode considerar tomar medidas provisórias.
Na prática, uma suspensão de Carlos Arthur Nuzman pode ser recomendada pela Comissão de Ética, apresentada como independente e presidida pelo ex-secretário-geral das Nações Unidas Ban ki-moon.
Embora o Comitê Olímpico Internacional tenha indicado que Carlos Arthur Nuzman pode ser suspenso, fez questão de afirmar que vai respeitar o direito do brasileiro, membro honorário do COI, de ser ouvido. E acrescentou que o princípio de presunção da inocência deve prevalecer.
A Justiça suíça também está atrás dos rastros deixados pelo presidente do COB. Um pedido de cooperação judicial, recebido pelo Departamento de Justiça no dia 28 de setembro, foi repassado nesta quinta-feira (5) ao Ministério Público. O MP suíço deve identificar, congelar e, se for o caso, devolver ao Brasil os ativos de Nuzman depositados no país.
A prisão de Nuzman teve repercussão internacional. Todos os principais sites de notícias acompanham o escândalo. Como o argentino Clarín, o americano The New York Times e o britânico The Guardian.
O francês Le Monde destacou que Nuzman, de 75 anos, é acusado de corrupção, lavagem de dinheiro e participação em uma organização criminosa.
Foi o Le Monde que trouxe o escândalo à tona em março, quando revelou que, durante investigações sobre um esquema de doping de atletas russos, o Ministério Público francês descobriu, por acaso, os depósitos feitos por Arthur Cesar de Menezes Filho em contas de Papa Massata Diack, filho de Lamine Diack, integrante do COI que tinha poder de voto na eleição que escolheu o Rio como sede olímpica.

Fonte: G1

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