quinta-feira, fevereiro 05, 2015

Rio Grande do Norte terá mais de sete mil casos de câncer até fim deste ano

http://cidadenewsitau.blogspot.com.br/Depois dos acidentes, o câncer é a doença que mais mata no mundo entre qualquer faixa etária. Só no Rio Grande do Norte, o Instituto Nacional do Câncer (Inca) estima
que surja 7.060 casos novos de cânceres de mais de 20 tipos diferentes. O estudo do Inca tem como referência o biênio 2014-2015.

Neste 4 de fevereiro, Dia Mundial Contra o Câncer, não custa lembrar que além de bons hábitos de vida (não fumar, não beber, praticar atividade física regular e ter alimentação equilibrada) levam a possibilidade de ter um câncer para mais longe. As anomalias cancerígenas na faringe e pulmão são mais comuns em quem fuma.

Entretanto, também há outros tipos em que a maior arma é o diagnóstico precoce. Além de uma boa assistência básica, com profissionais de saúde com boa formação e acesso rápido aos exames que confirmam a doença, é necessário a conscientização de todos sobre os primeiros sinais.

Para quem tem câncer durante a infância ou adolescência, o diagnóstico rápido é ainda mais necessário. Isso porque as células, incluindo as causadoras de câncer, se reproduzem com mais velocidade que nos adultos. No adulto, a doença geralmente é motivada pelo envelhecimento celular, mas na criança ou adolescente é uma anomalia no momento de reprodução das células.

Embora apenas 3% dos cânceres que atingem a população mundial acometam crianças ou adolescentes, a doença é a principal causa de morte também para essa faixa de idade segundo a pediatra oncologista Annick Beaugrand da Casa de Apoio a Criança com Câncer Durval Paiva.

Além disso, na opinião dela, a nossa sociedade ainda possui uma concepção de que crianças não são acometidas de doenças malignas como essa. Esse pensamento também atrapalha a identificação dos sinais da doença por um professor, por exemplo, ou outra pessoa próxima do paciente. “Se a gente não pensa que a doença existe nessa faixa etária, a gente não pensa em diagnóstico”, acrescentou.

Uma das consequências de não esperar que uma criança não tenha câncer é uma triste e curiosa registro estatístico. “Como é que morre mais criança de câncer do que se tem diagnóstico? É porque não dá tempo nem de tratar. Quando se descobre é tarde”, informou a médica.

O conceito de “precoce” varia de acordo com o tipo de câncer.

Segundo o presidente da Casa de Apoio a Criança com Câncer Durval Paiva, Rilder Campos, o diagnóstico cedo possibilita a cura em até 80% dos casos. “Quando o estado está mais avançado, a luta é bastante desigual. O câncer gera sequela, o tratamento é mais doloroso e mais caro”, destacou. Ainda segundo ele, o INCA estima o surgimento de 150 casos novos de câncer infantojuvenil.

A pediatra infantil da Casa completa dizendo a descoberta da doença o mais cedo possível dá a possibilidade uma vida normal no futuro. “Quando a gente fala em cura é a possibilidade de um jovem ter uma vida normal. Isso só é possível se for diagnosticado cedo”, encerrou.

Informação

A maioria das crianças atendidas pelas casas de apoio na capital vem de cidades distantes do interior do Rio Grande do Norte ou até de outros Estados. Nesses rincões, o médico mais comum é um clínico geral ou, no máximo, um pediatra. Para Rilder Campos, o ideal seria que a rede básica desses municípios fosse provida de especialistas.

Diante dessa lacuna quase irremediável, as organizações não governamentais da área tentam fazer sua parte disseminando para todos, inclusive profissionais de saúde, os principais sinais da doença nas crianças e adolescentes.

O Grupo de Apoio à Criança com Câncer, por exemplo, investiu R$ 6 mil em um gibi (revistinha de histórias em quadrinhos) com o Super Químios, criaturas do bem que ajudam uma criança a superar o câncer. Segundo Natividade Passos, diretora de Desenvolvimento Institucional do GACC, a ferramenta de informação atinge o público de oito a 80 anos com a descrição dos sinais de alguns tipos cânceres infantojuvenil.

Quase todo o investimento nos 10 mil exemplares foi de recursos próprios. “Procuramos as secretarias de Educação, Saúde e Turismo, mas não tivemos nenhuma ajuda. Como os personagens passavam por alguns pontos turísticos da cidade, pensamos que, pelo menos, a secretaria de Turismo poderia dar alguma ajuda”, lamentou Natividade. Três empresas auxiliaram com algum recurso. Mas a diretora ainda espera uma parceria para que os exemplares sejam distribuídos em escolas, bibliotecas e afins. “Afinal isso é informação para combater o câncer”, finalizou.

Fonte: Portal JH

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