quarta-feira, agosto 06, 2014

Prefeito detido por posse ilegal de armas em operação é liberado no PR


 http://cidadenewsitau.blogspot.com.br/O prefeito de São Jerônimo da Serra, no norte do Paraná, Adir dos Santos Leite (PSDB), detido por posse ilegal de armas durante uma operação realizada pelo Grupo de Atuação Especial de Combate ao Crime Organizado (Gaeco) foi solto na tarde desta quarta-feira (6). Ele foi preso no começo da manhã após assumir a posse de três armas ilegais que estavam na casa dele. Leite foi liberado após pagar fiança, e responderá pelo crime em liberdade.
A operação, batizada de Sucupira, foi deflagrada na manhã desta quarta-feira para combater o crime desvio de recursos públicos na Prefeitura de São Jerônimo da Serra. Ao todo, 18 mandados de prisão temporária e preventiva foram cumpridos, de acordo com o Gaeco. Entre os presos estão dois filhos do prefeito, secretários e servidores municipais, vereadores e empresários. Entre os investigados está o prefeito Adir dos Santos Leite, porém não havia mandado de prisão expedido contra ele.
Mais de 50 mandados de busca e apreensão em residências, empresas e na sede da prefeitura são realizados, conforme o Ministério Público. Além de São Jerônimo da Serra, os mandados estão sendo cumpridos em Santa Cecília do Pavão, Maringá, São Sebastião da Amoreira, Fazenda Rio Grande, Pinhalão, Nova Santa Bárbara e Mandirituba.
Esquema envolveria empresários e funcionários da prefeitura
Segundo o promotor Claudio Esteves, a suspeita é de que empresários locais eram cooptados por integrantes da prefeitura para emitirem notas frias de serviços que não eram efetivamente prestados ao município. "Essas notas eram utilizadas para acobertar um desvio de dinheiro público que acabava parando nas mãos dos envolvidos", diz.
Esteves detalha ainda que há suspeita de fraude em licitações. "É um dos crimes que está sob investigação, tanto pelo direcionamento quanto pelo eventual superfaturamento. O que temos é que pessoas (os suspeitos) utilizavam os contratos que o município fazia com fornecedores para direcionar uma parte do que era adquirido para particulares. Isso era feito através de notas fiscais ou outros documentos que acobertavam esses desvios", explica.
O promotor aponta que o prefeito é um dos suspeitos de chefiar o esquema. "A chefia dessa organização não está devidamente identificada. A família do prefeito está sob investigação justamente porque parece ser o núcleo do qual irradiam as ordens para  (as ações ilegais) que essas situações aconteçam. Estamos apurando exatamente isso", diz Esteves.
Sobre a participação de vereadores no caso, as investigações apontam que os legisladores recebiam vantagens para fazer parte da base aliada do prefeito. "Há a suspeita de uma eventual corrupção praticada. É uma suspeita que precisa ser averiguada", informa o promotor.
A suposta quantia desviada ainda não pode ser apurada, conforme Esteves. O promotor explicou que isso será feito após a análise do material apreendido durante a operação. "Dependemos da apreensão dos documentos e de uma auditoria muito severa nesses contratos e, sobretudo, na execução dos contratos com a prestação de serviços e dos insumos adquiridos pelo município", afirma.

Fonte: G1

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