O professor Jorge Luiz Souto Maior, da Faculdade de Direito da USP (Universidade de São Paulo), doou o salário recebido no mês de agosto para o fundo de greve dos
trabalhadores da USP. Os professores e funcionários da instituição estão em greve há mais de dois meses. A paralisação foi motivada pelo congelamento dos salários.
Em nota publicada pelo DCE (Diretório Central dos Estudantes) da USP, o professor disse que a causa da greve é extremamente importante e que "os ataques aos grevistas têm sido ilegais, desproporcionais, autoritários e ofensivos, culminando com o corte de salários que põe em risco a sobrevivência de muitos de nossos colegas de trabalho".
"Estive e estou durante todo esse tempo em greve, participando das atividades a ela relacionadas, e se alguns trabalhadores não vão receber seus salários não é justo que eu receba, ainda que a negação do salário seja ilegal e se caracterize, no caso, como ato antissindical e discriminatório", afirmou Souto Maior.
O corte de ponto foi constatado pelos funcionários no começo desta semana. A folha de pagamento foi disponibilizada por meio de um sistema interno e é referente ao período de 21 de junho a 20 de julho. Como forma de protesto, trabalhadores e estudantes estão acampados em frente à reitoria e fazem piquetes em outros prédios.
Em nota, a reitoria da USP afirmou que é "profundamente lamentável a intransigência do Sindicato dos Trabalhadores que resultou na ação arbitrária de manter bloqueados, desde o dia 4 de agosto, o acesso ao prédio da reitoria, descumprindo ordem judicial".
"Ainda que seja justa a demanda por reajuste salarial, nesse contexto [da crise orçamentária na universidade], qualquer correção implicaria aumento de gastos com pessoal com os quais a USP não pode arcar", diz a nota.
Fonte: Uol
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