quarta-feira, junho 25, 2014

Em convenção nacional, PSD aprova apoiar Dilma na eleição de outubro

Em convenção nacional, PSD aprova apoiar Dilma na eleição de outubro.  (Foto: Nathalia Passarinho/G1)Em convenção nacional realizada em Brasília, o PSD aprovou nesta terça-feira (25) apoiar a candidatura da presidente Dilma Rousseff à reeleição.  É a primeira
vez que o partido, criado em outubro de 2011 pelo ex-prefeito de São Paulo Gilberto Kassab, participa de eleição presidencial.
Com o apoio do PSD, Dilma ganhará cerca de 3 minutos a mais de tempo de TV. No entanto, a parceria com Kassab enfrenta resistência de parcela do PT. No último sábado (21), o ex-prefeito foi vaiado na convenção nacional do PT que oficializou a candidatura de Dilma à eleição de outubro- a segunda vez em um evento do gênero. Em 2012, durante festa de aniversário do PT, Kassab também foi vaiado em Brasília.
Em entrevista antes do término da votação, Kassab minimizou o fato de o partido apoiar candidaturas do PSDB e do PMDB em diversos estados, em vez de firmar alianças com o PT regionalmente.
“Acredito que há consenso no partido em relação ao apoio à presidente Dilma em nível nacional. Agora, há companheiros nos estados que têm dificuldade em apoiar candidatura do PT devido às circunstâncias locais”, disse o ex-prefeito de SP.
Em São Paulo, por exemplo, Kassab afirmou que avalia lançar a candidatura do ex-presidente do Banco Central Henrique Meirelles. “Ontem à noite o Meirelles me telefonou e disse que havia sido comunicado da intenção do PSD de lançá-lo candidato. Ele me autorizou a negociar a candidatura”, afirmou Kassab.
De acordo com o ex-prefeito de São Paulo, apesar da “preferência” pela candidatura de Meirelles, existem outras três possibilidades avaliadas pela sigla: apoiar a candidatura de Geraldo Alckmin (PSDB) à reeleição, apoiar o candidato do PMDB ao governo, Paulo Skaf, ou lançar a candidatura do próprio Kassab. Está descartada parceria com o candidato do PT ao cargo, o ex-ministro da Saúde Alexandre Padilha. “Eu prefiro a candidatura do Meirelles”, afirmou Kassab.
Luta de classes
Em discurso durante a convenção e diante da presidente Dilma, Kassab defendeu que a campanha eleitoral deste ano não incite a luta de classes e tenha como base o debate de ideias.
Em evento do PT no dia 13 de junho, um dia depois de a presidente Dilma Rousseff ter sido alvo de xingamentos na abertura da Copa do Mundo, o ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva disse que a elite brasileira estava conseguindo despertar o "ódio entre as classes".
“O PSD é defensor intransigente da paz e alinha-se com a presidente Dilma numa batalha eleitoral construtiva, que discuta projetos. A onda de intolerância tem potencial destrutivo, a exaltação do ódio e tentativa de reavivar luta de classes é preocupante”, disse Kassab.
O presidente do PSD também defendeu a desburocratização e simplificação de normas para abertura de empresas. “O Brasil é a República dos carimbos”, criticou. Kassab pediu ainda maior investimento em infraestrutura para escoamento de mercadorias e “regras estáveis” que garantam o cumprimento de contratos. Para ele, essas medidas são necessárias para atrair investidores estrangeiros.

Reprodução Cidade News Itaú via G1

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