Argentino baleado liga alerta no departamento de segurança do COL

A notícia de que um torcedor argentino foi baleado após uma briga de bar em Porto Alegre chamou atenção do Comitê

Organizador Local (COL) da Copa do Mundo, que apura se o fato foi ou não relacionado à rivalidade entre torcedores brasileiros e argentinos. O diretor de comunicação do órgão, Saint-Clair Milesi, afirmou que, apesar de a ocorrência não ter sido diretamente ligada à organização do Mundial, a equipe de segurança está acompanhando de perto as questões relativas a um clima rivalidade exacerbada.

Na terça-feira, Milesi havia descartado qualquer possibilidade de divisão das torcidas na arquibancada, visto que os ingressos são numerados e a medida, segundo ele, significaria dar "três passos para trás". A suspensão da venda de bebidas em confrontos de alto risco, porém, está prevista no regulamento e pode acontecer se houver, por exemplo, uma solicitação da Polícia Militar nesse sentido. A decisão final, contudo, é dos organizadores. A Fifa destacou que a segurança tem prioridade sobre qualquer outro aspecto - referindo-se aos contratos de patrocínio com cervejarias que têm exclusividade para venda de bebidas nas arenas.

- Soubemos disso, mas ainda não temos todos os detalhes. Pode ser um incidente relacionado à rivalidade, ou não. Porque não foi em um estádio ou qualquer coisa ligada à organização. É um problema de segurança pública, mas estamos acompanhando todos os problemas, inclusive essa questão da rivalidade, não temos espaço para violência em estádios. Esperamos os visitantes sejam corteses e que nós sejamos com eles. Estamos vigiando de perto para tomar medidas se necessárias.

De acordo com informações do site G1, um argentino de 30 anos foi baleado no final da noite de terça-feira em um bar no Centro de Porto Alegre. Atingido na perna, foi sozinho ao Hospital de Pronto-Socorro (HPS), de onde foi liberado durante a madrugada. Segundo a polícia, ele foi atingido por volta das 23h. Testemunhas relataram que ele havia se envolvido em uma discussão com outros torcedores sobre clubes de futebol da Argentina.

Recentemente, por conta de problemas na segurança como a invasão de chilenos ao centro de imprensa do Maracanã, o governo anunciou reforço do efetivo de segurança pública e privada em todas as arenas. No estádio carioca, houve acréscimo de 600 policiais em formação para apoio na segurança do perímetro em áreas sensíveis, com auxílio de grades móveis à frente da cerca usual, que foi rompida para invasão do centro de mídia do estádio no jogo entre Chile e Espanha.

Os relatos de hostilidade entre argentinos e brasileiros na partida entre Argentina e Bósnia, a primeira no Maracanã, na qual também houve uma tentativa de invasão do estádio, também foram registrados pelo COL e estão sendo levados em conta nas análises de risco dos jogos da seleção sul-americana.

Reprodução Cidade News Itaú via Globo Esporte