segunda-feira, abril 07, 2014

Salgueiro se impõe ao Náutico e larga na vantagem

Everton substituiu Fabrício Ceará e marcou o primeiro gol do Salgueiro. Foto: Jefferson Marques/SG10O Salgueiro aprendeu a lição da derrota na semana passada e deu o troco no Náutico ao fazer 2×0 neste domingo (6), no Cornélio de Barros, pela primeira partida das semifinais
do Campeonato Pernambucano. Com o resultado, o Carcará precisa de um empate no próximo domingo, na Arena Pernambuco, para ser finalista da competição. Se o Náutico vencer por qualquer diferença de gols a disputa vai para as cobranças de pênaltis.

Quem esperava que o Nátuico repetisse a receita do jogo da semana passada no mesmo Cornélio de Barros, acertou. O técnico Lisca deixou Marcelinho na frente e alinhou três jogadores para dar um suporte. Só que essa linha ficou no campo defensivo, praticamente cedendo metade do espaço ao rival. Já o Salgueiro não foi tão afoito quanto no último encontro.

Essa postura dos donos da casa não deu tanto espaço para contra-ataque. A primeira grande chance surgiu aos oito minutos, não em contra-ataque e sim na troca de passes. Paulo Júnior chutou da entrada da área e Luciano fez a defesa parcial. No rebote, Marcelinho chutou por cima. O Salgueiro tinha espaço para criar, mas errava demais o último passe. Isso levou o time de branco a praticamente explorar o jogo aéreo mesmo sem seu principal referencial ofensivo, o atacante Fabrício Ceará, vetado com dores nas costas.

Mas Everton mostrou ser um substituto a altura, tanto no sentido literal quanto figurado. O novo camisa 9 era o principal alvo dos cruzamentos de Pery (poucos) e Tamandaré (a maioria). Aos 23 minutos, ele quase marca num passe de Kanu e com a grande contribuição de Flávio. O defensor alvirrubro furou e a bola sobrou para Everton girar e chutar. Para sorte de Flávio, William Alves estava atento para bloquear.

Mas no minuto seguinte não teve jeito. Desta vez foi Tamandaré quem mandou da direita para Everton cabecear. Alessandro fez um milagre, mas dois na mesma jogada era demais. No rebote, o atacante completou para o gol vazio: 1×0.

O problema dos timbus não era a postura de ter quase todo time no campo defensivo – ela funcionou nas duas últimas rodadas do hexagonal – mas sim os responsáveis pela execução das tarefas. Roberson, que não tem cacoete de meia, não encontrava o posicionamento correto e Paulo Júnior, não tem a mesma mobilidade de Marinho, e por isso dá menos opção. Finalmente, o lado esquerdo alvirrubro mostrava grande vulnerabilidade. Foi por lá que Anderson Paraíba quase marca o segundo, aos 31. Alessandro salvou.

Nos dez minutos finais, o Carcará inverteu o posicionamento, recuou e o Náutico foi para cima. No entanto, o problema na criação das jogadas era recorrente. O domínio territorial favorecia o jogo de choque, com isso a quantidade de faltas aumentou. E foi nelas que o timbu investiu, sempre com Zé Mário jogando a bola na área mas sem retorno.

O problema mais grave era na criação e no lado esquerdo, mas o Náutico voltou para o segundo tempo com mudança no ataque. Paulo Júnior saiu para entrada de Geovane. Por isso, o segundo tempo começou como estava o primeiro: o Salgueiro melhor organizado e com isso, mais próximo do segundo gol do que os alvirrubros do empate.

Moreilândia, aos três; e Aylton Alemão, aos seis, levaram perigo ao goleiro Alessandro. De seu lado, o Náutico tinha pouco a acrescentar em cima do que já foi escrito algumas linhas acima. Extrema dependência das bolas paradas com Zé Mário, ainda sem melhores consequências e pouco jogo pelas laterais do campo. O time da Capital deu o ar da graça aos 21 minutos. Geovane recebeu dentro da área e chutou forte para Luciano defender.

Aos 25, o técnico Lisca arriscou mais com Rodrigo Careca no lugar de Gerley. Pouco depois foi Vinícius que entrou no lugar de Roberson. O time consegui trocar a bola mais rápido e chegar na área sertaneja. Aos 28, Careca recebeu na linha de pequena área completamente livre, mas Luciano saiu bem e conseguiu defender. Apenas três minutos depois, Vinícius perdeu a chance mais feita do jogo. Jackson cruzou e Pio não alcançou. O meia estava de frente para o gol, mas mandou de cabeça por cima.

E justamente quando o Náutico estava melhor levou o tiro de misericórdia. Num contra-ataque pela direita, Vítor Caicó cruzou e Kanu estava completamente livre de marcação na marca do pênalti. Ele chutou de primeira, no canto esquerdo de Alessandro. Foi um tonel de água fria na cabeça dos alvirrubros que demonstraram claramente ter sentido o segundo gol. O Salgueiro só precisou administrar até o apito final.

Ficha do jogo:

Salgueiro: Luciano; Marcos Tamandaré, Aylton Alemão, Ricardo Braz e Peri; Pio, Moreilândia, Valdeir e Anderson Paraíba (Rodolfo Potiguar); Kanu (França) e Everton (Vítor Caicó). Técnico: Cícero Monteiro.

Náutico: Alessandro; Jackson, William Alves, Flávio e Gerley (Rodrigo Careca); Elicarlos, Dê, Roberson (Vinícius) e Zé Mário; Pulo Júnior (Geovane) e Marcelinho. Técnico: Lisca.

Local: Estádio Cornélio de Barros, em Salgueiro. Árbitro: Sebastião Rufino Filho. Assistentes: Clóvis Amaral e Bruno Vieira. Gols: Everton, aos 24 do primeiro tempo. Kanu, aos 38 do segundo tempo. Cartões amarelos: Ricardo Braz, Zé Mário e William Alves. Público: 8.902.

Reprodução Cidade News Itaú via Blog do Torcedor

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