segunda-feira, abril 07, 2014

Grupo faz 'ato dos 35' contra ataques a mulheres, na Praia de Copacabana

Protesto foi realizado na orla de Copacabana (Foto: Eli Millan / Futura Press / Estadão Conteúdo)Cerca de 50 pessoas participaram de uma manifestação contra a violência contra mulheres, na tarde deste domingo (6), na orla de Copacabana, Zona Sul do Rio. A
concentração foi no Posto 6 e a passeata seguiu pacífica sem causar alteração no trânsito, já que a Avenida Atlântica tem a pista próxima à praia fechada aos domingos para área de lazer.
Intitulada "Ato dos 35: Nenhuma mulher merece ser estuprada", a manifetação foi marcada antes desta sexta-feira (4), quando o Instituto Nacional de Pesquisa Econômica Aplicada (Ipea), órgão do governo federal, divulgou um erro na pesquisa que apontava que 65,1% dos brasileiros concordam inteiramente ou parcialmente com a frase "Mulheres que usam roupas que mostram o corpo merecem ser atacadas" — de acordo com o instituto, o percentual correto é 26%. O "35" do nome do protesto se refere aos 35% que "não acham que a mulher merece ser estuprada", como diz a convocação no Facebook.
O diretor de Estudos e Políticas Sociais do Ipea, o cientista social Rafael Guerreiro Osório, pediu exoneração assim que o erro foi constatado, informou o instituto. Osório ingressou no Ipea em 1999 e é autor de estudos sobre mobilidade social, desigualdade e pobreza.
A pesquisa divulgada com erro é intitulada "Tolerância social à violência contra as mulheres" e teve ampla repercussão. A presidente Dilma Rousseff chegou a comentar por meio do microblog Twitter. Com base nos dados da pesquisa, ela disse que o país tem "muito o que avançar no combate à violência contra a mulher".
Em razão da pesquisa, a jornalista Nana Queiroz, de Brasília, lançou um protesto chamado "Eu não mereço ser estuprada", que se espalhou pelas redes sociais, com fotos de homens e mulheres reproduzindo a frase em fotos pessoais. Pelo Twitter, ela disse que foi ameaçada de estupro devido à repercussão da campanha e recebeu a solidariedade de Dilma. A ministra da Secretaria de Políticas para as Mulheres, Eleonora Menicucci, também aderiu à campanha e publicou foto com os dizeres "As mulheres não merecem ser estupradas".

Correção pesquisa Ipea violência contra mulheres (Foto: Editoria de Arte / G1)

Reprodução Cidade News Itaú via G1

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