sexta-feira, março 28, 2014

Dupla é imobilizada pela PM e reféns libertados após assalto em Ribeirão

 Blog Cidade News ItaúForam libertados por volta das 15h desta sexta-feira (28) os dois trabalhadores que foram mantidos reféns durante um assalto a uma
empresa de recauchutagem de pneus no bairro Vila Mariana, zona norte de Ribeirão Preto (SP). Após duas horas de negociação com a Polícia Militar, os dois homens entregaram a faca e o revólver usados para ameaçar as vítimas. 




Andrei Alves de Godoi, de 23 anos, e Wesley Aparecido Antunes de Deus, de 18 anos, foram presos e levados para fazer exame de corpo de delito. Eles devem ser encaminhados à Central de Flagrantes de Ribeirão Preto. Os reféns, um rapaz e uma mulher de 27 anos, passam bem.

A ação teve início por volta das 13h na empresa que fica na Rua Uruguai. De acordo com informações de trabalhadores da empresa, os dois jovens armados com uma faca e um revólver invadiram a empresa e fizeram dois funcionários reféns. O restante das pessoas que estava no local conseguiu deixar o prédio pelos fundos e chamou a polícia.
Quando a dupla se preparava para deixar o local com pertences dos funcionários, a PM bloqueou a saída do prédio. Neste momento, os dois assaltantes apontaram as armas para as cabeças das vítimas e recuaram para o interior da empresa. A polícia isolou a área e pelo menos 20 PMs participaram do trabalho.

xx (Foto: Rodolfo Tiengo/G1)Assaltantes mantiveram reféns em empresa da
zona norte de Ribeirão (Foto: Rodolfo Tiengo/G1)
Durante duas horas e meia, a polícia tentou negociar a rendição dos rapazes. Familiares deles e das vítimas foram chamadas ao local para tentar ajudar no diálogo. A mãe de um dos assaltantes passou mal e precisou receber atendimento médico.
A negociação
De acordo com o major da PM Wagner Barato, a negociação que levou à libertação dos reféns se estendeu por aproximadamente duas horas e meia em clima de tensão na tarde desta sexta-feira. Um grupo de aproximadamente 20 policiais militares tentava a todo o momento convencer os assaltantes a se entregar, mas estes resistiam e permaneciam com as armas – uma faca e uma pistola – apontadas para as duas vítimas encostados em uma parede bem na entrada da oficina. Durante todo o tempo, o acesso à rua permaneceu isolado para a população.
Segundo Barato, o assaltante que negociava com a polícia era Godoi, rapaz de 23 anos procurado da Justiça pela prática de outros crimes, estava alterado, o que dificultava a conversa. “A gente estava trabalhando com uma pessoa que não estava em sã consciência”, afirmou. Com uma arma apontada para a cabeça da funcionária Patrícia Reis, ele solicitou à polícia um par de chinelos, água, além da presença da imprensa, da mãe e do irmão, pedidos atendidos. “O que foi possível de entregar nós demos”, disse Barato. Os familiares dos assaltantes, visivelmente transtornados, permaneceram em frente à empresa ao lado dos policiais tentando, sem sucesso, convencer os envolvidos a se renderem.
Wesley Aparecido Antunes de Deus, que aparentava estar condizente com as ações de Godoi, ameaçava o outro funcionário com uma faca e permanecia ao telefone celular recebendo informações passadas por uma pessoa que estava do lado de fora. Ele pensava que a polícia já planejava invadir o local, já que havia policiais militares protegidos por escudo próximos da porta. Isso, no entanto, só aconteceria se houvesse algum disparo, informou Barato. “Ele estava negociando com alguém que estava vendo a ação da parte externa. Ele acreditou que o pessoal que estava com o escudo ia fazer uma invasão. Mas a invasão seria a última das hipóteses.”
A dupla somente decidiu se render depois que Godoi viu seu filho, uma criança de colo, levada por sua família ao local. Mas, para o major, a presença do menino poderia ter piorado as coisas. “Não acreditamos que a presença do filho tenha sido crucial. A gente estava com medo de que seria o último momento de ele ver o filho e como ele estava sendo procurado pela Justiça acreditamos que ele poderia ter feito alguma besteira, efetuado algum disparo.”
De acordo com o PM, o tempo foi determinante para que os assaltantes se entregassem. “Ele não tinha mais requisição para fazer e reivindicar mais nada e acredito que isso foi favorável para ele se entregar.”

xx (Foto: Rodolfo Tiengo/G1)

Reprodução Cidade News Itaú via G1

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