sábado, outubro 12, 2013

Campos não confirma candidatura própria do PSB a governador no RN

Em entrevista coletiva na Câmara Municipal de Mossoró, na manhã desta sexta-feira, o governador de Pernambuco e presidente nacional do PSB, Eduardo Campos, não confirmou candidatura própria do partido a governador do Estado. Campos garantiu não haver decisão e que a direção nacional está dialogando com os Estados para compartilhar as definições. “Entendemos as circunstâncias de cada Estado e vamos respeitar essas peculiaridades”, disse Eduardo Campos, que está em Mossoró, participando de um encontro estadual do PSB e faria uma palestra.

A possibilidade de candidatura própria do PSB a governador do Rio Grande do Norte estava sendo ventilada em razão da suposta candidatura de Eduardo a presidente da República. A necessidade de ter palanques nos Estados seria o mote para que o presidenciável reforçasse o desejo por uma candidatura do PSB ao governo do Rio Grande do Norte. O nome do partido para a disputa seria o da ex-governadora Wilma de Faria, presidente estadual do PSB no Estado. Além de Wilma de Faria, o PSB desponta ainda com nomes como o da deputada federal Sandra Rosado, e das deputadas estaduais Larissa Rosado e Márcia Maia. Com a não confirmação da candidatura do PSB a governador, crescem as especulações de que Wilma de Faria poderá disputar o Senado Federal.

Ainda em sua presença em Mossoró, o governador de Pernambuco, Eduardo Campos, disse que a aliança com o projeto da Rede, da ex-senadora Marina Silva, é a favor do Brasil, com o objetivo de fazer o país avançar, mas sem perder conquistas sociais e econômicas obtidas até agora. “Construímos democracia, estabilidade econômica, avançamos na inclusão social, mas o povo está temeroso de perder essas conquistas. As coisas boas não podem ser jogadas fora, por isso, estamos juntando pessoas boas e com ideias boas. Ainda existe muita coisa a fazer, e o PSB está construindo um projeto para fazermos o que precisa ser feito”, ressaltou.

Com relação ao PT e as declarações recentes do ex-presidente da República, Lula, que o PSB deveria se afastar do Partido dos Trabalhadores nos estados, Eduardo Campos evitou a polêmica e afirmou que era preciso respeitas as diferenças locais. “O projeto do PSB é bem maior do que ocupação dos cargos”, comentou.

PROGRAMA

Nesta quinta, o programa partidário do PSB, exibido em rede nacional de rádio e televisão, não deixou dúvida de que o deslocamento dos socialistas da base aliada da presidente Dilma Rousseff (PT) não se restringe à entrega dos cargos que a legenda tinha na gestão petista. O rompimento político, que ainda não ocorreu oficialmente, é explicitado na peça publicitária, que teve como pano de fundo a tese de que o Brasil deixou de avançar no atual governo e que as conquistas dos últimos anos não são suficientes para “acabar com a miséria e proteger os mais vulneráveis”, segundo declaração do governador de Pernambuco e presidente nacional do partido, Eduardo Campos, em uma de suas participações.

Nas suas aparições, o virtual candidato do PSB à Presidência da República deixa claro é preciso corrigir o curso do governo, para que o país volte a crescer no ritmo de antes. Nesse contexto, falando como pré-candidato, Eduardo Campos diz que é preciso fazer mais e melhor. “Por tudo que a gente fez e viu acontecer nesse país, tenho certeza que não trilhamos o caminho errado, mas temos que admitir que estamos no caminho que já deu o que tinha dar”, disse o socialista.

Em dez minutos de programa, o governador teve tempo para expor suas ideias, fazer um paralelo do que deu certo nos governos anteriores, nos últimos 30 anos, e para dizer que “o Brasil cresceu, amadureceu, conquistou estabilidade, melhorou a justiça social”, mas que é hora “de reunir as boas ideias e as boas pessoas para fazer mais”. “Chega de governar se contentando em dizer que no passado foi pior. Chega dessa conversa. Para começar, precisamos abandonar as velhas práticas políticas. Nós temos que estimular, dar espaços para novas lideranças. Temos que unir o país em torno de um projeto de desenvolvimento”, frisou.

Reprodução Cidade News Itaú

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