segunda-feira, junho 17, 2013

Manifestantes invadem Congresso Nacional, em Brasília; 2 são detidos, diz PM

Internauta registra concentração para protesto em frente ao Congresso Nacional, na noite desta segunda-feiraApós serem contidos por um cordão de isolamento da Polícia Militar, dezenas de manifestantes conseguiram furar o bloqueio e invadiram a área externa do Congresso Nacional, em Brasília, nesta segunda-feira (17), aos gritos de "a-ha, u-hu, o Congresso é nosso". Eles ocuparam a marquise onde ficam as duas cúpulas, a da Câmara e a do Senado.

Segundo o tenente-coronel Maurício Gouvêa, que comanda a ação policial, duas pessoas foram detidas. Em alguns momentos, os policiais chegaram a usar spray de pimenta para reprimir os ativistas. Uma vidraça do prédio também foi quebrada.

Os ativistas participam de um protesto que pede recursos para educação, saúde, passe livre no transporte público e contra os gastos públicos na Copa das Confederações e do Mundo (2014), entre outras reivindicações. A manifestação ocorre simultaneamente em várias outras cidades do país, como em Belo Horizonte, São Paulo, Natal, Belém, Campinas, no Rio de Janeiro e em Florianópolis.

Os manifestantes continuam a subir na laje do Congresso -- a PM só conseguiu bloquear uma das entradas.

Por volta das 19h30, o plenário do Senado encerrou suas atividades em virtude dos protestos. Alguns senadores chegaram a tentar negociar com manifestantes, sem sucesso.

O estudante Wellington Fontenelle, um dos organizadores do protesto, disse que a intenção da manifestação não era invadir a sede do Legislativo e que o movimento não representa o grupo que ocupa da rampa e a cúpula. 

Reivindicações
No ato, os principais gritos de guerra eram contra a presidente Dilma Rousseff e contra o governador do Distrito Federal, Agnelo Queiroz (PT). Voltados em direção ao Palácio do Planalto, os integrantes do protesto gritaram "Isso é só o começo" e cantaram "Que país é esse", música da banda Legião Urbana.

Outros políticos também foram alvo das reclamações. Era possível ouvir gritos de "Fora, Sarney" e "Fora, Renan".

Um dos organizadores do evento no Facebook entregou à polícia legislativa uma lista de reivindicações dos manifestantes. Entre os itens, há um pedido para que a Câmara abra investigação sobre a violência policial contra os manifestantes.

Manifestantes ouvidos pelo UOL afirmaram que foram motivados por indignação contra a corrupção, contra  PEC (Proposta de Emenda Constitucional) que tira poderes de investigação do Ministério Público e contra os gastos na Copa do Mundo.

Também houve gritos contra os PMs -- "ei, polícia você está do lado errado" -- e contra a Copa do Mundo de 2014 -- "Copa do Mundo, eu abro mão. Quero dinheiro na saúde e educação".

Com cartazes, faixas e bandeiras do Brasil, o protesto por volta das 17 horas, no Museu da República, no início da Esplanada dos Ministérios. Durante a caminhada, mais pessoas foram aderindo à manifestação, que ocupou todas as faixas da Esplanada.

O protesto foi organizado pelas redes sociais. Na chegada ao Congresso, um grupo chegou a invadir o espelho d'água em frente ao prédio.

Segundo a PM do Distrito Federal, cerca de 5.000 pessoas participam do protesto e havia, inicialmente, 400 policiais no local. Mas após a invasão do Congresso, a Secretaria de Segurança Pública do DF afirmou que mais 3.500 PMs estão sendo deslocados para o local para "proteger os prédios públicos". O reforço policial conta com homens da Tropa de Choque, da Rotam e da cavalaria.

Procurado pela reportagem do UOL, o governador do Distrito Federal afirmou, através de sua assessoria de imprensa, que não iria se manifestar. O Palácio do Planalto emitiu nota oficial em que a presidente Dil

Reprodução Cidade News Itaú

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