segunda-feira, junho 17, 2013

Homem fura bloqueio em Maceió, dispara e atinge estudante no rosto

O clima ficou tenso durante a manifestação contra o aumento da tarifa de ônibus, que reuniu mais de duas mil pessoas, de acordo com a Polícia Militar, nesta segunda-feira (17). Quando o protesto seguia pela Avenida Fernandes Lima, fechada nos dois sentidos, um motorista furou o bloqueio para forçar a passagem. Os estudantes começaram a bater no carro dele, quando houve um disparo de arma de fogo. O tiro acabou atingindo um estudante no rosto.
O carro foi identificado pela polícia através do número da placa, anotado pelos estudantes. A PM já sabe quem é o motorista, mas não revelou o nome dele à imprensa. O estudante baleado tem 16 anos e foi encaminhado para o Hospital Geral do Estado (HGE) por uma ambulância do Serviço de Atendimento Móvel de Urgência (Samu) sob aplausos dos colegas.

Protesto fechou Av. Fernandes Lima nos dois sentidos da via. (Foto: Waldson Costa/G1)

Os manifestantes, que tentam evitar que a passagem seja reajustada de R$ 2,30 para R$ 2,85, se concentraram novamente na Praça do Centenário e seguiram em direção ao Centro Educacional de Pesquisas Aplicadas (Cepa), na Avenida Fernandes Lima. A manifestação já dura mais de três horas e reuniu mais de duas mil pessoas, segundo a Polícia Militar, já começa a dispersar.


Mesmo assim, o trânsito continua complicado para quem precisa seguir para a parte alta de Maceió e para quem quer descer. Muitos trabalhadores desistiram de pegar o coletivo e estão voltando para suas casas a pé. A gerente de crédito, Amanda Aline, que está grávida de sete meses, fez um grande percurso a pé.
“Trabalho no Centro e larguei às 17h, mas até agora não consegui chegar em casa. Sou a favor do protesto, a passagem está muito cara, mas tem que ser mais organizado. Estou muito cansada e nem sei que horas vou chegar em casa”, diz Aline que mora no bairro na Chã da Jaqueira, parte alta de Maceió.

Protesto percorreu a Rua das Árvores, no Centro. (Foto: Jonathan Lins/G1)

Uma idosa de 65 anos que estava com o neto de cinco anos, também teve que descer no Farol. Ela pegou um ônibus no bairro da Cruz das Almas e estava indo ao Conjunto Eustáquio Gomes, no Tabuleiro dos Martins. “Tive que descer, porque não sabia até que horas eles iriam fechar as ruas. Não sou a favor do protesto porque é muito desorganizado”, diz maria Cícera dos Santos.
A manifestação começou por volta das 16h com concentração na Praça Centenário, no bairro do Farol, seguiu as ruas do centro e retornou para o bairro do Farol. Durante o percurso os manifestantes utilizaram vários gritos de guerra. “O que estamos fazemos hoje é um ato histórico. Não vamos permitir mais esse assalto. Se tiver o aumento, vamos parar Maceió”, diz.

Muro é pichado por manifestantes. (Foto: Michelle Farias/G1)

Durante a passeata, alguns manifestantes picharam muros de lojas e soltaram fogos de artifício. Quando estavam pelo centro da capital, alguns estudantes bateram no carro da Superintendência de Transporte e Trânsito (SMTT), mas foram repreendidos pela maioria do grupo. “Não vamos permitir isso. A maioria quer um protesto sem violência”, diz o estudante Victor Comette, um dos organizadores do movimento.

Reprodução Cidade News Itaú

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