terça-feira, maio 14, 2013

Ex-refém de Cleveland "desaparece" após receber alta hospitalar


Na última sexta-feira (10), Michelle Knight, 32, recebeu alta do hospital onde estava internada desde que foi solta após ficar 11 anos sequestrada ao lado de outras duas mulheres em uma casa em Cleveland (EUA). Desde então, não se sabe para onde ela foi.

Das três sequestradas, Michelle era a que mais tinha problemas com a família. Por isso, enquanto Amanda Berry e Gina DeJesus foram direto para a casa de suas famílias, após uma década como reféns, ela decidiu não falar com seus familiares.

Até a noite de sexta, Michelle não havia nem mesmo falado com sua mãe, Barbara. Após a alta hospitalar, seus familiares pediram ajuda da polícia para encontra-la.

Uma fonte ligada à investigação disse ao canal de televisão "CNN" que Michelle está "em um lugar seguro e muito confortável", sem dar detalhes do refúgio da ex-refém.

No sábado (11), houve um rumor de que a jovem estaria na casa de Gina DeJesus, informação rapidamente desmentida pela família.

As três ex-reféns devem publicar até o próximo domingo (19) uma declaração conjunta por meio de uma assessoria de imprensa contratada para auxilia-las.

Refém que mais sofreu
Das três ex-reféns, Michelle parece ser a que mais sofreu agressões durante o período de cativeiro. Além de ter abortado cinco vezes por causa de agressões feitas pelo sequestrador Ariel Castro durante as vezes que ela engravidou, a jovem também teve uma perda significativa de audição e ficou com lesões permanentes na estrutura óssea do rosto.

Michelle também foi a refém que ficou mais tempo no cativeiro, já que foi a primeira a ser sequestrada, em 2002.

Das três reféns, Michelle também é a que tem a história de vida anterior ao sequestro mais dramática. Durante o ensino médio, a jovem sofreu com bullying, parou de estudar, engravidou ainda adolescente e perdeu a guarda do filho pouco antes de ser sequestrada.

Por causa disso, quando desapareceu, seus familiares desconfiaram que Michelle havia fugido e nem desconfiaram que o caso poderia ser de sequestro. Após um tempo, a família considerou que a jovem havia morrido e, por isso, nem ao menos fez uma vigília, ao contrário do que aconteceu com Amanda e Gina.

O nome de Michelle foi retirado do banco de dados do FBI em novembro de 2003, depois que a mãe da jovem, Barbara, se mudou para a Flórida. Os agentes alegaram que não conseguiram contato com a família para saber se a garota ainda estava desaparecida.

Agora que saiu do cativeiro onde passou seus 11 últimos anos, Michelle rejeita falar com sua mãe e sua avó. 

Reprodução Cidade News Itaú

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