quinta-feira, abril 18, 2013

Preso PM catarinense suspeito de esquartejar e queimar professora de filosofia no Sul


A Brigada Militar (PM gaúcha) prendeu nesta madrugada em Santana do Livramento (500 km de Porto Alegre) o suboficial da PM catarinense Ênio Sebastião de Farias, de 50 anos, procurado pela polícia de Santa Catarina como suspeito de matar a mulher, a professora de filosofia Hannelore Sievert, 40. O corpo dela foi encontrado enterrado na praia de Itapirubá (100 km de Florianópolis), nessa quarta-feira (17). Estava queimado e desmembrado.

O casal sumiu na última sexta-feira (12). Por cinco dias a polícia trabalhou com as hipóteses de atentado da facção criminosa PGC (Primeiro Grupo Catarinense), sequestro e até pacto de suicídio. A descoberta do corpo da professora mudou o rumo da investigação para assassinato. Farias era o único suspeito. Na quarta, a Justiça expediu um mandado de prisão preventiva para o marido.

O carro do PM foi encontrado no domingo (14), na praia de Imbituba (88 km ao sul de Florianópolis). Estava atolado num lodaçal e tinha manchas de sangue no porta-malas. O celular de Farias foi encontrado no carro.

Monitorando o telefone nos dias seguintes, a polícia descobriu avisos de saques bancários. Segundo o delegado Raphael Giordani, responsável pelo caso, o crime foi esclarecido na quarta, quando foram realizados saques na conta do casal em Tapes (RS). Farias foi reconhecido na foto tirada pela câmera de vigilância do banco.

Violência doméstica
Um alerta foi emitido pela polícia. Como a última localização dele foi no banco em Tapes, cidade ao sul de Porto Alegre, e na direção do Uruguai, a conclusão foi de que ele deixaria o país. Ele foi encontrado numa pousada em Santana do Livramento, cidade que tem fronteira seca com o Uruguai.

Farias estava lotado havia quatro anos no Museu de Armas da PM, na cabeceira da ponte Hercílio Luz, em Florianópolis. Hannelore era professora de filosofia nas escolas de Imbituba. Segundo familiares, os dois brigavam e se reconciliavam com frequência. Farias já tinha sido acusado de violência doméstica.

Segundo o major Alessandro Marques, do Centro de Comunicação Social da PM, Farias deverá ser levado preso ao 4º Batalhão da PM, em Florianópolis. A PM não dá assistência jurídica em acusações como esta. Até a manhã desta quinta Farias ainda não tinha advogado nem feito declarações sobre o caso.

Reprodução Cidade News Itaú

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