quinta-feira, abril 18, 2013

Explosão em fábrica de fertilizantes nos EUA mata ao menos 60, diz TV; mais de cem ficaram feridos


Reprodução/Google Maps
Uma forte explosão em uma fábrica de fertilizantes em West, no Estado do Texas (EUA), deixou dezenas de mortos e centenas de feridos, na noite desta quarta-feira (17), informaram as redes de TV dos Estados Unidos. 

A explosão ocorreu por volta das 20h (22h horário de Brasília) na cidade de cerca de  2.700 habitantes, distante cerca de 190 quilômetros da capital Austin, e devastou a fábrica da West Fertilizer. 

Segundo a rede de televisão "CBS", entre 60 e 70 pessoas teriam morrido, citando estimativa do diretor do sistema de gestão de emergências da cidade, George Smith.  A rede de televisão "CNN", no entanto, relata apenas duas mortes de membros das equipes de resgate.

Tanto o número de mortos quanto o de feridos são alvos de controvérsia entre as agências internacionais e os órgãos de imprensa norte-americanos, visto que as autoridades locais ainda não confirmaram essas informações. 

Em entrevista coletiva na madrugada desta quinta-feira (18), o porta-voz do Departamento de Segurança Pública do Texas, D.L. Wilson, limitou-se a dizer que "há vítimas fatais", e que o número de feridos é superior a cem, entre crianças, adultos e idosos.  

Pelo menos cem feridos foram encaminhados para o centro médico Hillcrest Baptist, em Waco (cidade próxima), segundo relata a "CNN".

Incêndio antecedeu explosão
Reportagem do "The New York Times" revela que um incêndio atingia a fábrica de fertilizantes West Fertilizer antes da explosão.

"O fogo se espalhou, atingiu um dos tanques que contêm produtos químicos para tratar os fertilizantes, e houve essa explosão, cujos danos são de grande extensão", detalhou  o congressista pelo Texas Bill Flores.

O diretor do centro médico Hillcrest Baptist, em Waco, Glenn Robinson, disse à "CNN" que uma unidade de atendimento de emergência foi montada em um campo de futebol perto da fábrica para agilizar a triagem dos pacientes.

O governador do Texas, Rick Perry, divulgou um comunicado oficial informando que o governo estadual envidará esforços para minimizar as consequências da tragédia. "Vamos mobilizar recursos do Estado para ajudar as autoridades locais" no socorro às vítimas.

Abalo de "bomba nuclear" incendiou imóveis e espalhou gás amônia
De acordo com o Serviço Geológico dos Estados Unidos, o abalo causado pela explosão foi equivalente a um terremoto de magnitude 2.1 (fraca intensidade).

No entanto, a força da explosão foi suficiente para destruir casas, prédios, escolas e um asilo localizados nos arredores da fábrica. O abalo também foi sentido a dezenas de quilômetros de distância.

"Foi como se uma bomba nuclear tivesse explodido", descreveu o prefeito da cidade, Tommy Muska. "Muitas pessoas se machucaram e tem gente que não estará aqui amanhã", lamentou.

O porta-voz do Departamento de Segurança Pública do Texas estima que mais de 75 casas ficaram severamente danificadas. Ainda de acordo com ele, 133 idosos foram retirados do asilo afetado pela explosão, alguns em cadeiras de rodas.  

Moradores foram obrigados pelas autoridades locais a evacuar a área do entorno da fábrica por causa do risco de novas explosões. Outro risco é em relação a um forte odor de gás amônia que se espalhou pelo local e que pode causar severos danos à saúde, se inalado.

Testemunhas relatam como escaparam da tragédia
Testemunha do incidente, Bill Bohannan fazia uma visita à casa de seus pais, moradores no entorno da fábrica, quando assistiu a uma explosão a qual ele chama de "devastadora".

"Eu disse: 'isso vai explodir'. E disse a meus pais que entrassem no carro. Estava de pé junto ao meu carro com a minha namorada, esperando que meus pais saíssem, e (a fábrica) explodiu. Nosso carro foi atingido", relatou Bill, que escapou sem ferimentos.

Cheryl Marak, vereadora da cidade, disse que o impacto da explosão a derrubou no chão. "A minha casa e a da minha mãe desmoronaram e meu cachorro morreu", relatou.

Barry Murry, que mora a cerca de um quilômetro e meio de distância da fábrica, relata um cenário de pânico: "Foi como a explosão de uma bomba". Havia ambulâncias em todos os lugares."

Como muitos outros moradores da pequena West, eles procuraram conforto nas palavras do prefeito Muska. 

"Não é o fim do mundo. É uma grande ferida que agora temos em nosso corações. Mas nós somos fortes; vamos reconstruir tudo". 

Reprodução Cidade News Itaú

Nenhum comentário:

Postar um comentário

Sua opinião é muito importante para nós, comente essa matéria!