quinta-feira, março 21, 2013

'Estou tranquilo', diz ex-diretor do Dnocs sobre operação da PF em Natal


O ex-diretor-geral do Dnocs Elias Fernandes Neto (Foto: Reprodução/TV Globo)Elias Fernandes Neto, ex-diretor do Dnocs
(Foto: Reprodução/TV Globo)
O ex-deputado e ex-diretor geral do Departamento Nacional de Obras Contra as Secas (Dnocs), Elias Fernandes, disse que está tranquilo em relação à busca e apreensão de documentos realizada pela Polícia Federal na manhã desta quinta-feira (21). A casa dele, no bairro do Tirol, área nobre de Natal, foi um dos alvos da operação Cactus, deflagrada pela PF do Ceará e que também cumpriu diligências no estado de Goiás e em Brasília (DF). Ao todo, foram expedidos 62 mandados judiciais de busca e apreensão, segundo a Polícia Federal.
Elias Fernandes falou com o G1 por telefone, enquanto os policiais federais ainda estavam em sua residência, na avenida Afonso Pena. “Os policiais disseram que se trata de uma determinação de um juiz do Ceará. Eu deixei eles bem à vontade para fazerem o trabalho deles”, disse o ex-deputado.

Elias esclareceu que, até o momento, os policiais solicitaram apenas documentos, mas não dizem sequer que tipos de documentos procuram. “Eu perguntei que tipos de documentos eles buscavam, mas eles falaram que não podiam dizer nada”, afirmou.
O ex-deputado disse que está tranquilo e que acredita que a operação esteja relacionada com o Departamento Nacional de Obras contra as Secas (Dnocs), do qual foi diretor geral durante o ano de 2011 e início de 2012. “Eu acredito que tenha relação com o Dnocs porque a determinação judicial é do Ceará. Existiram alguns convênios com as prefeituras do Rio Grande do Norte, mas o Dnocs foi apenas o intermediário desses convênios e eu estou tranquilo”, explicou.
Ex-diretor do Dnocs, Elias Fernandes Neto pediu demissão do cargo no dia 26 de janeiro de 2012, após acusações de ter favorecido seu estado de origem em convênios do órgão.
A operação
A Polícia Federal deflagrou na manhã desta quinta-feira (21) operação para desarticular organização criminosa especializada em desviar recursos públicos transferidos pela união a diversos municípios cearenses por meio de convênios e contratos de repasses. Denominada de Cactus, a operação cumpre 62 mandados judiciais de busca e apreensão e tem apoio do Controladoria-Geral da União (CGU).
Os mandados foram expedidos pela 11ª Vara da Justiça Federal, nas cidades de Fortaleza, Aiuaba, Apuiarés, Barbalha, Canindé, Catarina, Guaraciaba do Norte, Iguatu, Irauçuba, Itapipoca, Itapiúna, Juazeiro do Norte, Morada Nova, Mucambo, Quixeramobim, Reriutaba, Saboeiro, Tarrafas, Tejuçuoca e Ubajara.
Estão sendo cumpridos, também, mandados em Aparecida de Goiânia (GO), Brasília (DF) e Natal (RN). Participam da operação cerca de 288 policiais federais e 12 auditores da CGU.

Viatura descaracterizada da PF em frente à residência alvo da operação (Foto: Matheus Magalhães/G1)

Reprodução Cidade News Itaú

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