Trabalhadores de uma pedreira localizada na RN-015, que dá acesso a cidade de Baraúna, interditaram a rodovia ontem, 15, pela manhã, em protesto pelo fechamento da área explorada. A via ficou bloqueada por cerca de quatro horas e prejudicou o tráfego nas proximidades.
Segundo os manifestantes, mais de 200 famílias foram atingidas diretamente pelo isolamento do espaço explorado, pois as pessoas foram impedidas de trabalhar e as autoridades competentes não deram alternativa para os cidadãos se manterem.
Um dos representantes dos trabalhadores José Edson disse que há seis meses a pedreira foi fechada, e a medida está prejudicando os moradores que têm no espaço sua única fonte de renda.
"Desde então tentamos entrar em contato com as autoridades para buscarmos uma solução para o problema e não conseguimos. Interditar a RN-015 e fazer um protesto foram as formas que encontramos para sermos ouvidos. A pedreira simplesmente foi fechada, diretamente foram atingidas 200 famílias, além das outras que foram afetadas indiretamente. Colegas estão com depressão porque não sabem o que fazer, não vem outra alternativa para se manterem".
Ele ainda ressalta que a grande maioria dos trabalhadores mora no local e tem a posse das terras, mas ainda assim não pode explorá-la. "Só pedimos às autoridades que liberem a área para que possamos trabalhar. A empresa cearense que se instalou no território não explora nem cede para nós".
Idema informa que licença está vencida desde julho de 2012 e não há registro no sistema de pedidos de renovação
A assessoria do Instituto de Desenvolvimento Sustentável e Meio Ambiente do Rio Grande do Norte (Idema/RN) informou que a licença de regularização de algumas propriedades está vencida desde julho de 2012.
Conforme o órgão, não há registro no sistema de pedidos de renovação de licença ambiental para as pedreiras, por esse motivo a área está isolada.
No entanto, o órgão informa que a equipe de fiscalização não embargou a pedreira, o que pode ter acontecido é que outra autoridade competente o tenha feito.
Reprodução Cidade News Itaú
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