sábado, fevereiro 16, 2013

Mãe suspeita de matar bebê em Natal é procurada pela polícia há sete dias



Josenilde e o filho de oito meses (Foto: Cedida/arquivo da família)Josenilde e o filho de oito meses
(Foto: Cedida/arquivo da família)
Faz uma semana, neste sábado (16), que a polícia do Rio Grande do Norte procura por Josenilde Lopes de Mendonça, de 36 anos, suspeita de espancar e matar o próprio filho, um bebê de oito meses, dentro do apartamento onde mora, no bairro de Nova Descoberta, zona Sul de Natal. O corpo do bebê foi encontrado no último dia 9, sobre a cama da mãe, com manchas roxas pelo corpo e marcas de espancamento na cabeça, segundo informações da polícia.
O delegado Sílvio Fernando, que assumiu o caso ao longo da semana, realizou nesta sexta-feira (15) buscas no condomínio onde Josenilde reside. Ele procurou por pistas que pudessem levar à suspeita, mas até o momento ela não foi localizada. No apartamento, o delegado disse ter achado fotos, documentos e papéis com anotações de números telefônicos. "Buscamos elementos que indiquem o possível paradeiro dela, mas ela ainda não foi encontrada", confirmou.
Ainda de acordo com o delegado, o síndico do condomínio e um porteiro do prédio foram intimados a depor no início da próxima semana. Ele disse que também irá intimar a mãe da suspeita. "Na segunda, durante os depoimentos, vou intimar a mãe de Josenilde para que ela apresente a filha. Se até a quarta-feira (20) Josenilde não se apresentar, será considerada foragida e nós deveremos pedir a prisão temporária dela", disse Sílvio Fernando.
O pai do bebê, Ramon Ramalho dos Reis, de 37 anos, que mora em Limeira (SP), disse ao G1 que a mulher é usuária de crack e que o vício contribuiu para o crime. "A droga e a negligência acabaram com a vida do meu filho", relatou. "Sempre soube do vício. Até pensei que o fato de ficar grávida e de ter um filho faria com que ela deixasse as drogas, mas infelizmente isso não aconteceu", acrescentou. Ele disse ainda que morava com Josenilde e o filho, mas teve que voltar para Limeira no final de 2012 para resolver pendências pessoais. Familiares ouvidos pela polícia confirmam que ela é usuária de drogas desde a adolescência.


Um destes parentes – que mora em Natal e pediu para não ser identificado – disse que Josenilde foi vista pela última vez na manhã da última terça-feira de carnaval, rondando nas proximidades de um supermercado na zona Norte da cidade. Em entrevista à Inter TV Cabugi, este mesmo parente contou que Josenilde temia que o ex-companheiro dela tomasse a guarda do filho (veja o vídeo ao lado com a entrevista do familiar da suspeita).
“O pai do bebê mora em São Paulo e ligou para ela na semana passada dizendo que viria a Natal para pedir a guarda do filho”, disse o parente entrevistado. “Nós achamos que ela se desesperou com a possibilidade de perder a guarda do filho e acabou cometendo essa loucura”, acrescentou. O familiar contou também que Josenilde conheceu o pai do bebê em São Paulo, em 2011. “Ela logo engravidou, ficou um tempo morando lá com ele e, depois, voltou a Natal. Um mês antes do bebê nascer, em maio do ano passado, o pai veio morar com ela aqui em Natal. O que se sabe é que eles brigavam demais e, por isso, ele voltou pra São Paulo em dezembro do ano passado”, afirmou.
Ainda de acordo com a família, Josenilde não tem emprego fixo e, atualmente, trabalhava confeccionando bijuterias em casa.
O caso
A morte do bebê pode ter acontecido na quinta (7) ou sexta-feira (8), segundo o delegado Pedro Paulo Falcão, que inicialmente atendeu a ocorrência. No entanto, o corpo da criança só foi encontrado no sábado de carnaval, dia 9. No interior do apartamento, que fica no bairro de Nova Descoberta, na zona Sul de Natal.
Ainda de acordo com o delegado, a família foi acionada por vizinhos, quando dois tios de Josenilde chegaram ao local e arrombaram a porta do imóvel. Ao encontrarem o bebê morto, chamaram a polícia. Desde então, a mãe está sendo procurada.
Laudo médico
O corpo do bebê foi levado para o Instituto-Técnico Científico (Itep). Os laudos que apontam a causa da morte ainda não foram concluídos, mas segundo a polícia, exames preliminares apontam para traumatismo cranioencefálico, decorrente de uma agressão ao cérebro, em consequência de um trauma externo, resultado de agressões físicas. O bebê foi enterrado no domingo, dia 10.

Delegado Silvio Fernando esteve no apartamento onde o bebê foi encontrado morto. (Foto: Fernanda Zauli/G1)Delegado Sílvio Fernando esteve no apartamento onde o bebê foi encontrado morto (Foto: Fernanda Zauli/G1)

Reprodução Cidade News Itaú

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