quinta-feira, março 15, 2012

Preso deixa cadeia, é perseguido e assassinado no Vale Dourado

 

No início da manhã desta quarta-feira (14), um presidiário identificado como Wellington do Nascimento Miranda, de 27 anos, foi morto a tiros, no Vale Dourado, na zona Norte de Natal. A vítima estava no regime semiaberto e tinha acabado de sair de uma unidade prisional, onde passou a noite. O crime aconteceu mais precisamente na travessa Baixa Verde, próximo à rua João Paulo II.
Wellington do Nascimento passou a noite no presídio provisório Professor Raimundo Nonato Fernandes, também na zona Norte. Por volta das 5h30, os presos do regime semiaberto saíram da unidade e puderam retornar para suas casas. Wellington, de acordo com familiares, morava no Golandim, na zona Norte de Natal.
No entanto, ele estava indo para a casa de uma tia, no Vale Dourado. Quando passava pela rua João Paulo II, o jovem foi abordado por outro homem, que começou a atirar. A vítima correu em direção à travessa Baixa Verde.

De acordo com informações repassadas por populares para policiais do 4º Batalhão da Polícia Militar, o presidiário teria sido alvejado por seis disparos. “Algumas pessoas disseram que o bandido atirou e, mesmo depois que a vítima estava caída, aproximou-se dele e atirou novamente. O chamado tiro de misericórdia”, conta o soldado Ednaldo Miranda.

Ainda segundo o policial, várias pessoas teriam testemunhado o homicídio, no entanto, a maioria delas não quis dar detalhes, temendo algum tipo de represália. Após ser baleado, Wellington do Nascimento chegou a ficar vivo por alguns minutos e pediu que uma moradora da casa vizinha ao terreno onde ele caiu não deixasse que ele morresse ali. 

A mulher chegou a acionar o Serviço de Atendimento Móvel de Urgência, mas quando os paramédicos chegaram o jovem já estava sem vida. Alguns familiares da vítima estiveram no local da ocorrência, inclusive a mãe dele, a professora Maria Luiza do Nascimento. A mulher contou que Wellington do Nascimento estava preso pelo crime de tráfico de drogas.
Ele passou três anos em regime fechado e, recentemente, tinha recebido a progressão de pena, entrando no regime semiaberto. Além de ser condenado por tráfico, o jovem também era usuário e isso pode ter motivado o crime.

“Infelizmente, a droga tem destruído muitas vidas. Garanto que não foi por causa de conselhos, porque eu e toda a família pedimos várias vezes para que ele saísse dessa vida, mas imaginávamos que um dia o pior pudesse acontecer”, afirmou Maria Luiza, em meio às lágrimas de lamentação.

 

Fonte: Sentinelas do Apodi

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