sexta-feira, dezembro 23, 2011

Delegado investigado pela corregedoria diz que está sendo ‘perseguido’

O delegado da Polícia Civil, Antônio Pinto, foi enfático ao rechaçar qualquer ligação do seu nome com esquemas de corrupção e desvio de dinheiro público na cidade de Macau, a cerca de 180 quilômetros da capital. Para ele, a investigação aberta no mês de novembro deste ano pela Corregedoria da Secretaria de Segurança Pública do Estado (SESED) é uma "farsa" e "instrumento de perseguição". Ele negou qualquer envolvimento com atos ilícitos que serão investigados pela Sesed.
Ontem, o DE FATO noticiou a abertura de um processo administrativo contra o delegado Antônio Pinto. A informação estava contida no Diário Oficial do Estado (DOE) e falava em "indícios de aplicação irregular de dinheiro público, lesão aos cofres públicos e dilapidação do patrimônio estadual, referentes às verbas oriundas dos convênios celebrados entre a Secretaria de Estado da Segurança Pública e da Defesa Social (5ª Delegacia Regional de Polícia) e a Prefeitura Municipal de Macau, fatos estes ocorridos no citado município, no ano de 2005".
Em entrevista concedida ontem à tarde, Pinto disse que "a investigação agride o bom senso" e age "por interesses de minorias" que querem lhe prejudicar. "O Ministério Público me excluiu da lista dos denunciados quando investigou o caso. A Corregedoria está comprando essa briga por atender interesses corporativos", disse.
O delegado classificou o Processo Administrativo que o investiga como "perseguição" e "atitude covarde". Antônio Pinto é o titular da 5ª Delegacia Regional de Polícia, em Macau.
De acordo com informações contidas na Portaria 075/2011, o delegado teria transgredido dois artigos do Estatuto da Polícia Civil: o artigo 186, em seus incisos XI e XXII, e o artigo 192, em seus incisos VI e VIII. Os incisos citados falam em "solicitar ou receber propinas ou comissões, ou auferir vantagens e proveitos pessoais de qualquer espécie e sob qualquer pretexto, em razão de função ou cargo que exerça ou tenha exercido" e ainda em "lesar os cofres públicos, ou dilapidar o patrimônio público". 

Fonte: Defato

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