segunda-feira, junho 10, 2024

Polícia Federal não pôde cumprir 47 mandados de prisão porque golpistas haviam fugido para a Argentina



A Polícia Federal não pôde cumprir 47 mandados de prisão na semana passada porque golpistas dos ataques à democracia de janeiro de 2023 haviam fugido para a Argentina.


A PF realizou uma megaoperação na semana passada para prender participantes dos atos golpistas. A Justiça autorizou 209 prisões. Dessas, 47 não ocorreram, porque os alvos já estavam na Argentina, para onde foram visando escapar das punições no Brasil.


Autoridades argentinas informaram que pelo menos 65 foragidos dos atos golpistas pediram asilo ou refúgio no país vizinho. Ou seja, além dos 45, há, no mínimo, mais 18.


A lista de foragidos pode aumentar, à medida que as investigações se aprofundarem.


A PF sabe que esses brasileiros entraram sem passar pelas autoridades de fronteira na Argentina. Entraram em porta-malas de carros, ou atravessando rios, ou a pé pela fronteira.


Extradição

A Polícia Federal está preparando a documentação para apresentar ao governo para, em seguida, o governo pedir a extradição dos fugitivos.


O processo é demorado e não deve ficar pronto nesta semana, segundo diretores da Polícia Federal.


Governo Milei

De acordo com o blog do Valdo Cruz, o risco para as extradições é a Argentina aceitar pedidos de asilo político que já foram ou podem estar em vias de serem feitos pelos foragidos que se refugiaram no país vizinho.


O presidente da Argentina, Javier Milei, que tem uma proximidade com Bolsonaro, convidou o ex-presidente para sua posse antes do presidente Lula. E Milei tem críticas ao governo do petista.


Nas palavras de um assessor direto de Lula, será um teste para a relação entre os dois países, se a Argentina irá seguir os caminhos jurídicos internacionais ou tomará uma posição política.


Trâmite

Depois que o Brasil encaminhar o pedido de extradição de golpistas que se refugiaram no país vizinho, ele será julgado pela Justiça argentina.


O julgamento fica suspenso, porém, caso um sejam feitos pedidos de refúgio. A PF tem a informação de que alguns já foram feitos ao governo argentino.


Nesse caso, o pedido de extradição somente seria analisado depois que o Comitê Nacional para os Refugiados (Conare) argentino analisasse o pedido de refúgio, formado por órgão do governo de Javier Milei.


Ou seja, se o Conare conceder o refúgio, o julgamento da extradição não seria feito. Se for recusado, o pedido de extradição seria julgado.


Fonte: g1

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