O ator Thiago Rodrigues, de 42 anos, não deve ser indiciado por falsa comunicação de crime no caso em que se machucou ao sair de uma festa no dia 11 de dezembro. Inicialmente, acreditava-se que ele teria sido vítima de um espancamento seguido de assalto na Gávea, na Zona Sul do Rio de Janeiro.
Imagens de câmeras de segurança obtidas pela 15ª DP – que começou a investigar o caso após ser noticiado pelo jornalista Ancelmo Gois, do jornal O Globo –, mostraram que Thiago se feriu depois de cair sozinho.
“Não há falsa comunicação de crime. Só existe quando você o faz diretamente à polícia ou ao Poder Judiciário, ou faz algum órgão público se movimentar à toa", explica o professor de direito penal da PUC-Rio André Perecmanis.
"Além disso, a pessoa precisa saber que não foi alvo de crime. Se ela estiver com a consciência alterada de alguma forma, por exemplo, e achar que de fato foi vítima, não há a má-fé”, afirmou o professor.
Quando prestou depoimento na 15ª DP, na Gávea, Thiago Rodrigues disse que não se lembrava do que havia acontecido
"[Estou] um pouco machucado, mas recuperado pra fazer meu trabalho. Devido ao tipo de lesão que foi, lembro de muito pouco. Então, agora é aguardar mesmo as investigações. A gente não sabe exatamente, muita coisa foi divulgada sem ser exatamente aquilo... muitas interpretações", disse o ator na época.
Investigações encerradas
Ainda de acordo com a delegada Bianca Rodrigues, que está à frente do caso, as investigações devem ser encerradas em breve.
A delegada vai apenas oficiar as operadoras de celular para saber onde está o aparelho de Thiago Rodrigues, que sumiu no dia da queda do ator. A ideia é saber se ele perdeu o celular ou se o mesmo foi roubado.
"As operadoras de telefonia serão oficiadas para que informem se há alguém utilizando o aparelho celular de Thiago Rodrigues, e fornecer a qualificação", explicou Bianca ao g1.
A queda
Nas imagens de câmeras de segurança obtidas pela polícia, é possível ver Thiago se apoiando em uma barraca de feira. Ele senta ao lado da barraca e, momentos depois, aparece caído no chão. As cenas são da Praça Santos Dumont, às 5h40 do dia 11 de dezembro.
De acordo com as investigações, ele bateu a cabeça no chão. A Polícia Civil vai incluir na investigação a tipificação "fato atípico" e suspender o inquérito de roubo.
"Uma vez que a investigação comprovou não haver qualquer fato penalmente relevante, o procedimento será suspenso na própria delegacia", afirmou a delegada Bianca Lima.
Fonte: g1
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