quarta-feira, julho 15, 2020

Governadores dizem que pressionarão bancadas para derrubar vetos ao novo marco legal do saneamento

Governadores devem articular com suas bancadas no Congresso Nacional a derrubada de vetos do presidente Jair Bolsonaro ao novo marco legal do saneamento básico.

Governadores dizem que pressionarão bancadas para derrubar vetos ...

Após mais de dois anos de discussão das mudanças legais, o texto foi sancionado nesta quarta-feira (15). Porém, Bolsonaro vetou onze trechos da versão aprovada pelos congressistas.

Os vetos, porém, não respeitaram negociações feitas no Congresso para acelerar a aprovação do texto no Senado, nem o pedido de 16 governadores em carta enviada nesta terça-feira (14) ao governo.

A negociação mobilizada pelos governadores foca principalmente no veto ao artigo 16. Essa parte do texto permite a renovação por 30 anos dos chamados de programa, celebrados sem concorrência e fechados diretamente entre os titulares dos serviços e as concessionárias.

Essa modalidade de contrato é usada atualmente na prestação de serviços pelas companhias estaduais de saneamento. Com o veto, as estatais terão até 31 de março de 2022 para estabelecer metas de investimento, qualidade e redução de perdas.

Se não demonstrarem capacidade de promover a universalização do saneamento, esses contratos deixam de valer, e o serviço precisará ser licitado. Na avaliação dos governadores, as empresas estaduais foram penalizadas com os vetos.

Após a sanção do novo marco legal, o deputado Geninho Zuliani (DEM-SP), que relatou o projeto na Câmara dos Deputados, afirmou a jornalistas que acredita em uma "mobilização imediata" dos governadores para derrubar o veto do artigo 16.

O deputado disse ser "precoce" falar em possível derrubada do veto e acredita que o governo negociará com os governadores ajustes via regulamentação do novo marco legal.

"É muito precoce dizer que tem chance de derrubar o veto. Alguma mobilização sempre vai ter, acredito que muito provocado pelas companhias estaduais, que estão preocupadíssimas com seu futuro", acrescentou.

Segundo o deputado, o governo ainda precisará regulamentar uma série de pontos do novo marco legal, por meio de decretos e portarias.

Fonte: G1

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